A Meditação e os Benefícios na Saúde de Maria
Todas as religiões reconhecem um valor supremo, a que chamam Deus. Para os cristãos, islâmicos e certas correntes hindus mais devocionais, a oração funciona como uma comunicação com Deus e é o meio pelo qual se pode obter a perfeição ou iluminação. Outras religiões, que não falam abertamente em Deus, a oração evolui para meditação, que pode ser definida como um estado intenso em atingir o mais alto da perfeição, a realização espiritual, a libertação ou iluminação, seja chamando-lhe, Nirvāṇa no caso do Budismo, seja Kaivalya no Jainismo, ou o Samādhi no Sāṃkhya - Yoga, contudo, será sempre para atingir algo que transcenda o humano.Vemos que todos os sistemas religiosos ou filosóficos do Oriente se servem da Meditação para alcançar a Transcendência. Desde tempos milenares, o Yoga, por exemplo, que tem como base a prática da Meditação foi considerado uma ciência, pois permite gradualmente, através do conhecimento e da prática (observar e conhecer), o despertar consciente para uma via segura de auto-conhecimento, auto-suficiência e transformação interior para a conquista da realização humana e espiritual. É a forma que permite acompanhar conscientemente as transformações que se vão operando interiormente, e poder identificar e definir com clareza mental essas mutações. De facto, não temos uma tradição de Meditação no Ocidente que se compare à tradição do Oriente. Meditar no Ocidente é reflectir sobre um problema e através da maturação do pensar chegar a conclusões (por vezes sem sucesso) ou recolher a mente ao silêncio, apenas à espera de uma ideia. Meditar na tradição Oriental é exactamente o contrário: retirar as ideias. Isto requer práticas e métodos com objectivos específicos pelos quais se vem a conhecer os próprios mecanismos da mente.
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