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O Rosto e a Obra

de Maria Ferreira da Silva

em 31 Jan 2021

  (...anterior) Eramos uma família unida e muito harmoniosa no viver, todavia essa minha experiência espiritual também me preenchia bastante. Não era só a família onde eu estava inserida.
Entretanto começo a crescer, entro no liceu e esfumam-se um pouco essas experiências. Dilui-se, nesse sentido o contacto mais directo com Jesus. Até porque havia mais coisas para ocupar o meu tempo. Também começaram os namoricos aos catorze anos e acabo por me desligar um pouco dessa espiritualidade, no fundo tão nato que estava em mim
E acabo por casar e ter filhos.

AP – Casa com que idade?

MFS – Dezanove.

AP – Bastante cedo!

MFS – Na verdade, tudo muito cedo. Nessa altura, para mim, a felicidade era de facto a família e a minha espiritualidade era essa. Dedicar-me o mais que pudesse à família e dar o máximo que podia de mim. É depois mais tarde, que eu entro de novo para a espiritualidade, então de uma forma consciente

AP – Mais ou menos com que idade?

MFS – Aos vinte e nove anos. Já tinha três filhos. O mais novo tinha talvez uns cinco anos. Mas há um chamado nítido que até é em sonho, onde eu vou à Não Existência e volto dessa vivência completamente surpreendida com o que me aconteceu do outro lado, porque de facto eu não existia. Tinha estado numa união tal, que eu não era eu, era essa união e nessa união eu não existia como ser.
E quando acordo tenho dificuldade em me situar no mundo quotidiano, na família. E questiono-me, se eu sou feliz com a minha família, porque é que isto me acontece? Porque é que eu desejava ter ficado lá e não ter voltado? Estive num sítio fabuloso onde eu não existia? Se isso era a felicidade suprema porque é que voltei?
E, nessa altura, durante uma semana estive a tentar situar-me, no sentido de compreender a experiência. E esse foi o chamado, pois a partir daí senti que algo faltava. Até ali não, mas esse chamado da não existência começou a trabalhar... Ficou, assim, marcada na minha vida esta viragem para a espiritualidade mais consciente.
Porque na espiritualidade estamos todos!
Contudo, o caminho espiritual faz-se sendo consciente dele. Quando nós agarramos na vida e queremos essa independência para fazer um percurso pessoal e, no fundo único. Cada pessoa um dia o fará.
Não sou eu que decido que as coisas têm de acabar, mas esta experiência vai lentamente, trabalhando no meu interior. Há um processo que se vai fazendo, sendo eu ainda um pouco inconsciente de que ele estava a processar-se. A certa altura, até sinto que precisava duma ajuda e vou a um Centro Espírita. Aí é-me fornecida muita leitura. Foi lá que conheci a Blavatsky, o Hinduísmo, o Budismo e tudo me faz sentido.
A leitura que eu sempre precisei em criança, nunca a tive. Lia porque tinha sede de conhecimento, mas no fundo essa leitura mais espiritual não a tinha e quando a encontrei, disse, é isto que eu quero. É aqui onde estou bem situada.
E ao estudar o Budismo e o Hinduísmo, por exemplo, achei tão lógica e tão natural a reencarnação. Mas porque não! Isto deve ser mesmo assim. E a partir daí nunca mais deixei de ler, estudar e praticar.
Foi no Centro Espírita, que, curiosamente, aprendi a meditar. Eles tinham uma secção esotérica onde, um dia por semana, algumas pessoas se reuniam para meditar.
Foi aí também que conheci algumas pessoas interessantes. Os meus valores e ideais alteraram-se e mudou também a minha vida em família.
O casamento acabou por se desfazer. Mas ainda durante o casamento, comecei a estudar. Interessei-me pela astrologia, principiei a pintar e encetei também essa comunicação com os Mestres de que tanto falo nos meus livros. No fundo é a Sociedade Teosófica (§) que nos fala deles, que nos traz esse conhecimento.

AP – Os Mestres mostraram-se no início da sua vida, provavelmente na relação mística com Jesus aos seis anos. E depois, quando é que voltaram a manifestar-se e a proporcionarem-lhe um ensinamento directo?

MFS – Foi quando comecei a meditar, a ler e a ter conhecimento de que eles existiam. Sentia que existia algo ou alguém para além de mim, uma energia que me estava a ajudar.
  (... continua) 
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