Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Nutrição
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 3 de 5
O ser humano, a doença e o medicamento sintético

de Miguel Ledro Henriques

em 14 Out 2021

  (...anterior) A médio e longo prazo, no entanto, tal provocará vários problemas:

•Levará a uma lentificação ou mesmo paragem das nossas defesas e processos regulatórios, o que permite ao estímulo nocivo manter-se, agravar-se ou mesmo acumular-se no corpo, ficando latente até uma próxima oportunidade de ataque;
•Impedirá a imunidade e homeostase de aprender como lidar da melhor maneira com cada caso, e portanto no futuro não estará melhor preparado, mas sim pior, pois ficou “habituado” a ter ajuda;
•A utilização crónica e muitas vezes mesmo isolada de drogas sintéticas tem efeitos secundários indesejáveis, que podem ser graves e se vão acumulando insidiosamente no nosso organismo;
Mais uma vez, não se defende a eliminação da utilização de drogas sintéticas, mas sim a utilização muito particular, direccionada, cuidadosamente pensada e em situações de urgência ou quando tudo o resto falha.

O diagnóstico de doenças através de uma só análise sanguínea representa também um grande problema: o sangue é o fluído que transporta os nutrientes para todos os locais do corpo onde são necessários, pelo que o organismo está constantemente a tentar manter os níveis daqueles dentro de uns valores biologicamente aceitáveis nesse “rio” do corpo. No entanto, e por causa disto, os valores isolados de análises de sangue são altamente variáveis até mesmo ao longo do dia, e muito pouco representativos dos valores reais nos tecidos e órgãos que precisam dos nutrientes para funcionar: estes podem apresentar défices ou excessos mesmo quando os valores no sangue são “normais”. Análises mais adequadas seriam, por exemplo, a medição de minerais no cabelo, ou de vitaminas nos linfócitos (células imunitárias que apresentam concentrações de muitos nutrientes verdadeiramente representativas do que se passa no organismo), análises que já se efectuam no âmbito da chamada medicina funcional, mas que ainda têm valores muito elevados por não serem comparticipadas pelo estado.

O mito do aumento da longevidade e verdade sobre a esperança média de vida

Um argumento muito comum nos dias de hoje é que a nossa esperança média de vida aumentou muito à custa deste tipo de medicina, e que há mais doenças apenas porque vivemos mais tempo. Basta estudar mais aprofundadamente este assunto para descobrir que simplesmente tal não é verdade! Aliás, a esperança média de vida aumentou, mas pouco, e não a longevidade (que se mantém há mais de 2000 anos!!!) – à custa de melhoria de acesso a necessidades básicas, factores genéticos e ambientais, e não da medicina, como iremos ver:

•O valor da esperança média de vida é calculado como o número médio de anos que uma pessoa pode esperar viver quando nasce. Antigamente, muitas crianças morriam à nascença ou durante os primeiros anos de vida (por falta de acesso a necessidades básicas como aquecimento, alimentação, higiene), pelo que média calculada para uma população descia drasticamente, apesar de que quem chegava à idade adulta vivia até em média até muito tarde – 70/80 anos. A esperança média de vida tem aumentado sim, mas há custa principalmente da melhoria do acesso às necessidades básicas como água, luz, habitação e alimentação saudável, o que se traduz logo à partida por uma sobrevivência muito mais alta nos primeiros anos de vida;
•Diz-se muito “E os antibióticos? Dantes morria-se muito por infecção!”. É verdade, mas também é facto que houve uma grande diminuição do número de mortes por infecção exactamente antes da descoberta do antibiótico, que se deveu portanto e mais uma vez à melhoria de acesso a necessidades básicas e outros factores, e que nalguns países que realizaram estudos nesse sentido não tem havido uma diminuição significativa da mortalidade por infecção apesar da utilização de antibióticos;
•Os números de doentes crónicos e agudos têm aumentado em muitas doenças por faixa etária, ou seja, não por aumento da esperança média de vida, mas directamente por aumento do número de doentes em cada idade, apesar das “evoluções” da nossa medicina.
  (... continua) 
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®