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Epicteto e a Sabedoria Estoica

de Lubélia Travassos

em 12 Nov 2021

  (...anterior) A Filosofia revela caminhos possíveis à conquista da felicidade e ao pleno exercício da racionalidade, tanto prática, como teórica, pelo que uma é consequência da outra, e o seu contrário também se afirma como verdadeiro. No que respeita ao acto de escrever Cartas, como fizeram Séneca, Epicuro, e Paulo de Tarso, na tradição cristã, revela uma prática intencional de transmissão do saber. Mas, não de um saber puramente teorético (sophia) ou doutrinário, pois, são feitas indicações sobre como proceder, além de serem indicados exercícios existenciais, diários, que se podem chamar de exercícios espirituais, tais como: os exercícios de abstinência, o exame de consciência, a reflexão diante das representações, ou seja, a conversão de si, que implica, necessariamente, a posse de si.

Por conseguinte, a Filosofia manifesta-se, assim, como modo de vida. A arte de viver (tékhne toú biou), como escreve Foucault (2006, pag155), por isso, “trata-se de corrigir mais do que instruir”. A principal preocupação é, como se deve proceder na acção. Logo, existe a indissociabilidade com a virtude, e com o modo de adquiri-la. Tal como se encontra em Epicteto, na seguinte passagem do Encheiridion (33, 13): “Quando te fores encontrar com alguém – sobretudo, algum entre os que parecem proeminentes – descobre, por ti mesmo, o que Sócrates ou Zen (§)ão fariam em tais circunstâncias, e não te faltarão meios para agir convenientemente”. Por isso, tal como nos faz crer Epicteto, são necessários modelos de conduta, símbolos da mais alta dignidade da conduta humana. São modelos de comportamento, inspiradores da acção, modelos de como se deve proceder na vida cotidiana, e nos eventos cotidianos. Contudo, é preciso que os indivíduos se compreendam a si mesmos, e compreender-se é reconhecer-se como indivíduo de natureza racional, integrado à racionalidade do Universo. Para alcançar tal conduta e estado mental, deve-se ter como imperativo, a prática permanente ao longo de toda uma existência, de exercícios que assegurem a eudaimonia, e promovam uma vida constantemente virtuosa. É, tal como um longo e constante treino, na vida de um atleta, cujo objectivo é a conquista. A diferença é que aqui, para o seguidor do estoicismo, a conquista, ou seja, o domínio, é principalmente sobre si mesmo (enkrateia).
   
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