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O Vegetarianismo e os seus benefícios

de Lubélia Travassos

em 03 Jan 2023

  (...anterior) A esse respeito, o Instituto Mundial de Vigilância considera um perigo para a crescente desertificação causada não só por excesso de pastos, que tornam a terra dura e impermeável à chuva, mas também constitui uma ameaça mais séria causada pelo encarceramento de milhares de animais em propriedades de produção. Certo é que os dejectos dos animais destas propriedades poluem as águas subterrâneas dos poços, rios e lagos, devido ao nitrogénio que se escapa do estrume e se transforma em amónio, contribuindo para a chuva ácida. O citado Instituto menciona, igualmente, no seu relatório, que milhões de toneladas de gás metano, que constitui um factor importante para o efeito de estufa, são produzidos por animais, que se tornam vítimas indefesas de programas de criação artificial de gado.

No seu livro «Beyond Beef: The Rise and Fall of the Cattle Culture» (O que está para além da carne de vaca que comemos), Jeremy Rifkin salienta, que a apetência dos ocidentais pelo bife, dá origem à criação de desertos, destrói a atmosfera, envenena os sistemas de rega e provoca a devastação por outras formas. Ele refere também que não é só o gosto do homem pela comida carnívora que está a provocar a devastação, mas também a produção de cereais para alimentar o gado nos países ricos, que poderiam ser usados para alimentar uma grande quantidade de pessoas, que vivem na miséria noutros países pobres.

Questões Éticas e Espirituais

Há pessoas que são vegetarianas por razões religiosas e espirituais, tais como os Jainistas, os Hindus, os Budistas, os adventistas do sétimo dia e os espiritualistas. Outras são-no por razões filosóficas e espirituais tais como os Teósofos, que estudam Teosofia, membros ou não da Sociedade Teosófica (§) e os Rosacrucianos da Fraternidade Rosa-cruz de Max Heindel. Teosofia é a Sabedoria Divina, a Religião de Sabedoria, de onde provêm todas as Religiões. A Teosofia, embora definida de várias maneiras, de acordo com as palavras de Helena P. Blavatsky, abrange um conhecimento simultaneamente científico, filosófico e religioso, que salienta a necessidade da ligação do homem com tudo o que existe no Universo. É o conhecimento que abarca tudo o que é fiel aos factos da Natureza, tudo o que corresponde à realidade da existência. Assim, sempre que a ciência expõe o que é verdadeiro, faz parte da Teosofia.

Ainda que as razões de saúde e ecológicas, já referidas, sejam de relevante importância, e das mais propagadas, a única razão importante para nos abstermos da alimentação carnívora é o respeito que devemos ter pela vida animal. Sob o ponto de vista Teosófico, os animais têm o mesmo direito à vida que o ser humano, de acordo com a sua própria natureza, em condições que lhe sejam naturais e agradáveis. Além , os direitos dos animais não devem ser rejeitados como se tratasse de uma preocupação de pessoas excêntricas ou como uma ameaça ao bem-estar da humanidade.

Uma das questões que são com frequência alvo de argumento, é de que as plantas também têm vida. Todavia, todo aquele que reconhece o princípio teosófico da unidade compromete-se em reduzir ao mínimo possível o dano que lhes possa causar. Sabemos que a planta tem vida, contudo, não possui cérebro nem sistema nervoso que lhe permita sentir a dor da mesma forma que os animais. A tradição antiga refere-nos que os santos homens dos tempos antigos se alimentavam apenas de frutos, pois mantinham o mesmo princípio de causar o menor sofrimento possível. Deveríamos, de facto, infligir o menor mal possível até às plantas, o que não é de maneira nenhuma razão para tratar os animais como objectos inertes e matá-los como se existissem apenas para satisfação do homem.

Na verdade, todo aquele que se propõe entrar num caminho espiritual sério, deverá, desde logo, pensar em alterar o seu modo de vida. Para isso terá de começar a fazer uma vida pura e limpa, cuidando não só do seu corpo físico como do espiritual. Quanto ao corpo físico, a primeira coisa a fazer é a alteração dos hábitos alimentares. Deixar de comer carne e peixe e seus derivados, depois dos animais mortos, e optar por uma alimentação vegetariana, a fim de se dar ao mesmo tempo uma purificação interior do corpo e da mente.
  (... continua) 
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