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O Vegetarianismo e os seus benefícios

de Lubélia Travassos

em 03 Jan 2023

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Embora não seja obrigatório ser-se vegetariano para entrar na Sociedade Teosófica (§) e estudar Teosofia, um verdadeiro Teósofo deveria seguir esta linha, se pretende, de facto, ser coerente no seu estudo da Teosofia, para que se dê uma mudança completa que o leve à realização de um Novo Homem. Além disso, ao aprender essa doutrina, ele começa a compreender que os animais têm o mesmo direito à vida que o homem, porque também evoluem, e ao comê-los estão indirectamente a matá-los e a não deixá-los evoluir.

No entanto, a principal causa para que não matemos os animais para comê-los, é a compaixão que devemos ter por eles, que têm o mesmo direito à vida que o Ser humano por que, tal como o homem evolui individualmente, também os animais evoluem, embora o façam de forma colectiva. Matando-os para comer, ainda que de forma indirecta, não só contribuímos para a sua não evolução, como também damos um passo para o atraso na nossa própria evolução, provocando, também, um substancial aumento de agressividade.

O Indiano Osho, nascido em Madhya Paresh, professor catedrático de Filosofia na Universidade de Jabalpur, dedicado totalmente ao estudo da espiritualidade, fundou comunas e retiros de meditação em Poona, perto de Bombaim, e também no Oregon nos Estados Unidos. Grande defensor do vegetarianismo, realizou palestras por todo o mundo, em que mencionava ser vegetariano e gostaria que toda a gente no mundo se tornasse vegetariana. Ele referia que deveríamos criar uma regra de que nenhuma comida não vegetariana deveria fazer parte do cardápio das Universidades, porque matar e praticar a violência em nome da alimentação é tão mau e desumano, que não se pode esperar, que essas pessoas se comportem de uma maneira amorosa, sensível, humana. A alimentação não vegetariana é uma das causas básicas de toda a sociedade estar numa luta quase contínua. Ela torna o homem insensível, duro como uma rocha, e cria raiva e violência, que poderiam ser facilmente evitadas.

Osho mencionava que os seus discípulos eram vegetarianos, não como culto, não como uma crença, mas porque as suas meditações os tornavam mais humanos, mais sensíveis de coração, pois podiam perceber toda a estupidez que é matar seres sensíveis para comer. Era, na verdade, a sensibilidade deles, a consciência estética que os tornavam vegetarianos. Ele não ensinava o vegetarianismo, sendo que o mesmo é um subproduto da meditação. Afirmava ele, que por milhares de anos, sempre que a meditação acontecia, as pessoas se tornavam vegetarianas.

Tomemos como exemplo os Jainas, adeptos do Jainismo, uma das mais antigas e nobres religiões do mundo, que são vegetarianos há milhares de anos. Todavia, teremos de salientar que todos os seus 24 mestres vieram da casta de guerreiros, em que todos eles comiam carne, e eram guerreiros profissionais. No entanto, estas pessoas mudaram radicalmente as suas vidas assim que começaram a fazer meditação, que transformou por completo a sua visão. Então, aconteceu uma coisa extraordinária! Deixaram cair as espadas, assim como o seu espírito guerreiro, e um novo fenómeno começou a surgir, com um tremendo sentimento de amor para com a existência. Os Jainas tornaram-se absolutamente unos com o todo, e o vegetarianismo foi apenas uma pequena parte dessa grande revolução.

O Jainismo é a primeira religião que tornou o vegetarianismo uma necessidade fundamental para a transformação da consciência, e os seus seguidores estão certos. Na verdade, o acto de matar, apenas para comer, torna a nossa consciência pesada, insensível, e precisamos de ter uma consciência muito sensível, leve, amorosa e compassiva, porque sem se ser compassivo e amoroso estaremos a reprimir o nosso próprio progresso.

Aconteceu o mesmo com o Budismo. Buddha (§), que era vegetariano, ensinava os seus discípulos para não comerem carne, ainda que não se tratasse apenas de uma questão de reverência à vida.
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