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Mirra Alfassa – A Mãe

de Vasco Gonçalves

em 08 Abr 2006

  (...anterior) Pondicherry

Em 1912 Mirra, já em avançada realização espiritual, começou a escrever suas preces e meditações de cada dia, constituindo estas verdadeiras jóias de espiritualidade dirigida directamente a Deus como se com ele conversasse face a face e fossem íntimos amigos.
Em 1914 teve finalmente a oportunidade de visitar a Índia quando seu marido resolveu candidatar-se ao parlamento francês em Pondicherry.
No mesmo dia em que chegou a Pondicherry, Mirra encontrou-se com Śrī Aurobindo (§) reconhecendo-o imediatamente como o Mestre (Kṛṣṇa) que lhe aparecia em seus sonhos e com o qual sabia ter forte ligação. Aceitou-o como guru e seguiu a sua disciplina, permanecendo e trabalhando a seu lado.

A gratidão de Mirra ao Divino foi expressa em seu diário pelas seguintes palavras:
«Não importa que milhares de seres estejam mergulhados na mais profunda ignorância. Aquele a quem vimos está na terra. Sua presença é suficiente para provar que a escuridão será transformada em luz, quando Teu reino for na verdade estabelecido sobre a terra».
Quando perguntaram A Śrī Aurobindo o que sentiu nesse primeiro encontro ele disse:
«Foi a primeira vez que soube que a entrega perfeita até à última célula física era humanamente possível; foi quando a Mãe (§) veio e se prostrou que vi essa entrega perfeita em acção».
Em Pondicherry ela ficou quase um ano e foi graças à sua colaboração e à de seu marido que o periódico “Arya”, no qual Śrī Aurobindo escreveu a maior parte dos seus trabalhos, os mais notáveis, como a “Vida Divina”, “Síntesis do Yoga (§)”, etc., começou a circular. Ao fim desse tempo o casal francês viu-se obrigado a voltar a Paris dada a eclosão da I Guerra Mundial. Depois de passar os anos de guerra em França e no Japão (§), Mirra retornou à Índia em 1920, definitivamente, encontrando sérias dificuldades para reiniciar o seu trabalho no āśram de Śrī Aurobindo uma vez que havia muita pobreza. Mas com a continuidade da edição do jornal “Arya” e pela personalidade do autor dos seus artigos o número de discípulos foram aumentando e foi tomando forma uma vida colectiva. Nos primeiros tempos e apesar de supervisionar tudo, Mirra, vivia recolhida, dedicada à séria disciplina espiritual.
Tudo foi melhorando e em 1926, quando Śrī Aurobindo se retirou do convívio com os seus discípulos para se dedicar por completo à sua prática de Yoga, Mirra assumiu a inteira responsabilidade de dirigir a comunidade, coordenando e orientando os discípulos com grande carinho e dedicação.

Com o contínuo influxo de discípulos e muitos visitantes de toda a parte, outras casas tiveram de ser alugadas e adquiridas e providências tomadas para conseguir uma organização elaborada que cuidasse tanto da saúde material como espiritual da comunidade.
No princípio apenas os discípulos eram admitidos mas depois muitas famílias e mesmo os filhos dos discípulos começaram a mudar-se para o āśram e aos poucos a atmosfera de austeridade que prevalecia foi-se transformando e velhas barreiras foram cedendo ante esse novo influxo. Mirra tinha agora mais esse desafio: cuidar da saúde mental, vital e física das crianças.
Grande era a importância que Śrī Aurobindo e a Mãe davam à educação e para tornarem concreta essa visão e atendendo às necessidades, a Mãe resolveu abrir uma escola para crianças em 1943 e em 1945 acrescentou o departamento de educação física que mantinha os alunos em actividade após o término das aulas.
Não demorou muito para que Mirra se misturasse com as crianças, contando-lhes histórias e dispensando boa parte do seu tempo entre elas.

A escola cresceu, vários sistemas educativos foram experimentados e em 1952 foi inaugurado o “Centro Universitário Internacional de Śrī Aurobindo” que em 1959 se passou a chamar “Centro Internacional de Educação Śrī Aurobindo” ficando assim conhecido pelo mundo inteiro.
  (... continua) 
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