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Mirra Alfassa – A Mãe
de Vasco Gonçalves
em 08 Abr 2006
(...anterior)
Pela sua experiência e génio de organização, o Āśram de Śrī Aurobindo (§) foi se expandindo e o trabalho desenvolvido pela Mãe (§) cresceu cada vez mais em volume e complexidade. Para ela não havia tarefa insignificante ou sem importância e tudo o que fazia era permeado de beleza e significação espiritual. Suas “conversas” com os discípulos tornaram-se famosas e mais tarde foram traduzidas e espalhadas pelo mundo. Originalmente em inglês, depois foi em francês, língua que a Mãe começou a ensinar aos discípulos. Ela versava sobre os mais variados tópicos que seriam praticamente a introdução ao “Yoga (§) Integral” de Śrī Aurobindo.
Ainda hoje é de admirar como foi possível a essa criatura tão frágil, que se alimentava tão pouco e dormia ainda menos, conservar tantas e delicadas engrenagens movendo-se sem atrito ou fricção e conseguir conciliar tantos temperamentos, raças e idades variadas, vindos de todos os recantos do mundo, com tanta eficiência e harmonia. A Mãe não era apenas uma admirável e competente organizadora, não meramente uma grande líder espiritual que, com seu exemplo guiava os discípulos, mas acima de tudo era a Mãe que conservava juntas todas as pessoas e coisas do āśram, como por laços invisíveis, com o poder de transformar a vida em alegria de viver e com sua ilimitada ternura, de fazer as pessoas felizes, contentes, fiéis e obedientes.
Śrī Aurobindo disse uma vez: «O Āśram é criação da Mãe, sem ela, não teria existido».
No dia 17 de Novembro de 1973, a Mãe deixou o seu corpo físico, com a idade avançada de 95 anos. A notícia espalhou-se célere e dos quatro cantos do mundo acorreram seus admiradores e discípulos para prestar a última homenagem àquela que ficou conhecida como a Mãe, do Āśram de Śrī Aurobindo.
«... e eu Te vejo em todo ser, em cada coisa, desde a brisa mais passageira, até o Sol radiante que nos ilumina e é Teu símbolo».
A Mãe
Texto adaptado do livro: A Mãe – Conversas - Editora Shakti
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