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Dhamma Talk - Palestra

de Ajahn Sumedho

em 29 Abr 2006

  (...anterior) E quando há cessação na consciência, não é morte...eu ainda respiro, ainda me sinto vivo, mas o sofrimento acaba...e então quando se diz, toda a fenomenologia condicional é Dukkha (insatisfação-sofrimento), não se trata de desvalorizar a beleza, nem a bondade, nem a graciosidade do mundo condicionado, mas trata-se antes de realçar a sua natureza condicional, para que não haja apego a qualquer condição e manter-se fora da ignorância.

Parte de nós falta, não estamos completos, há uma falha, falta qualquer coisa...e enquanto a nossa identidade estiver nesse nível de fenomenologia condicional, não importa o que se faça vai-se sentir que há algo que falha na nossa vida. E então podemos ir à procura de alguém, ou ir à procura de Poder ou colocação profissional... mas não importa o quanto procuremos lá fora, haverá sempre um sentimento de falta, de imperfeição... de falha. Porque a falha é simplesmente não estarmos a ser totalmente conscientes. Cria-se esta divisão, separação...e a outra pessoa pode até fazer-nos sentir completos, mas quando se vai embora, ficamos incompletos novamente. Portanto é só uma completude ilusória.
O Buddha (§) apontou para a imortalidade ao invés de nos inspirar só a agarrarmo-nos às condições boas, ao que se torna bom ou a viver a vida ignorando a parte má e tentar só tomar atenção à boa. Mas nós aprendemos de ambas... ambas têm valor idêntico, o bom e o mau... o certo e o errado. Porque todas as condições, se nós deixarmos, terão um fim. E então a cessação é paz, liberação. E isso é Amor.

Amor subjaz a tudo neste planeta, neste Universo em que vivemos. Seremos nós só máquinas gulosas?.. não, nós amamos, nós sentimos Amor, nós sentimos algo mais profundo do que somente preferências pessoais. Para lá desse tipo de egoísmo e cegueira do ser humano, existe também um sentir para a imortalidade, pelo espiritual, pela verdade última. E isso é do que a religião trata, todas as religiões em todo o lado, com diferentes tipos de reconhecimento e formas de o proclamarem, em que até o símbolo que usam pode variar, mas é para onde todas as religiões apontam, porque isto é algo que se encontra na condição humana. Então em termos de prática de “Metta” apercebemo-nos que, quanto mais entramos em contacto ou repousamos, ou confiamos neste Amor incondicional, é esta uma das verdadeiras formas com que podemos ajudar todos os seres sencientes neste preciso momento. A um nível pessoal podem pensar, «como é que eu vou ajudar?..toda aquela gente a morrer no Iraque e todo o tipo de violência que vai por aí fora?»... mas quanto mais os seres humanos reconhecerem, acordarem para a verdade última, então isto será para o benefício de todos, porque está tudo interligado...isto não sou só eu a sentir-me liberto do sofrimento e “para o inferno o resto de vocês” (ri)... porque já não sou eu. Já não sou eu como uma entidade isolada, com esta forma humana. Então compaixão, Karunā-Muditā-Upekkhā, os Brahma-vihāras, vêm daí. Estas são as respostas ao sofrimento e à beleza que nós experimentamos através da consciência como entidades independentes do condicionamento pessoal que nos cega para a verdade última.
... ora então ofereço isto como reflexão...

Phra Rāja Sumedhācariya

Tradução de Dhammiko inserida no seu livro, "A Tradição da Floresta e a Sabedoria do Guerreiro".
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