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Dhamma Talk - Palestra

de Ajahn Sumedho

em 29 Abr 2006

  (...anterior) Ajahn Sumedho E o “incondicional”, o “incriado”, o “não-nascido”, o “não-originado” existe, logo existe também a saída para fora do “condicionado”, do “criado”, do “nascido”, do “originado”.
Ou seja, toda esta forma de ensinar, de indicar, de falar, não é para acreditarem, eu não estou a pedir para acreditarem no que quer que seja, mas sim para observarem as condições...a maneira como é (como as coisas são), conscientemente experimentando dentro da forma humana, dentro da vossa forma...dentro da maneira como a vossa mente trabalha, das emoções que estão a ter, das energias, das experiências energéticas que podem estar a experimentar agora. E não é ajuízar se é bom ou mau mas ser o que é...este modo, este ser o que é, assim tal e qual como é. O Buddha (§) depois da sua Iluminação sempre se referiu a Si próprio como o “Tathāgata”, “Tathāta”, esta palavra “tathā” em Pāli significa “a integridade do que é” ou “aquilo tal qual é”, o “como é”. Ele não se referiu a Si e disse “eu costumava ser o Príncipe Siddhārtta e o meu Pai era um Rei, a minha Mãe (§) era uma Rainha e Eu frequentei as melhores escolas (sorri)...e casei, tive um filho e deixei-os quando optei por ser asceta por seis anos e vi-me na futilidade de me maltratar e sentei-me debaixo de uma árvore e tornei-me iluminado” (ri). Aquilo que é o agora, “tathāta”, “tathāgata” é “assim se torna Um que é o agora”, é como uma referência, aquilo que é presente. Não é o Príncipe Siddhārta, não é o asceta Gautama, nem é sequer o Buddha, no sentido de dizer “eu sou o Buddha” num acto se proclamar Ele próprio a esse nível. Ora tomemos aqui atenção à erudição da linguagem, “Tathāgata” tornou-se frequentemente, em várias tradições budistas, uma espécie de título superlativo, quando na realidade significa “aquilo que é precisamente agora”. Então este “tathāta”, “tathā” e “tathāgata” ou qualquer coisa com esse prefixo, é traduzido como “a qualidade tal d’aquilo que é agora”, não é uma pessoa, não é alguém com uma história, um passado, com uma auto-biografia, credenciais, status, sucesso ou seja lá o que fôr, mas que é aquilo que é “agora”.

E eu sempre achei esta perspectiva bastante interessante, porque implica aprender o verdadeiro significado da linguagem. Porque eu vivi na Tailândia durante os meus estágios iniciais de meditação, portanto eu tive que aprender meditação através de termos em Línguagem Tai, de traduções Tai-Inglês e de Pāli...e então, é claro que a Língua Tailandesa é uma Língua que se desenvolveu culturalmente sob a influência e o contacto com o Budismo, incluindo em si bastantes palavras do Pāli, como o Inglês com o latim que inclui bastantes palavras. E então aprender noutra Língua, achei uma grande revelação, porque na nossa própria Língua pode-se tomar como certo e pensar que realmente se percebe seja lá o que fôr. O Inglês é a minha Língua natal, é Inglês Americano, mas é um hábito-Língua que simplesmente se aprende...é do género de se ir absorvendo quando se ouve na infância, quando se é bebé e a nossa Mãe fala ou outra pessoa qualquer. Então aprender meditação noutra língua como a Tailandesa, achei uma grande revelação, porque de certa forma eu não conseguia perceber, porque não era a minha Língua natal. Tive que considerar o sentido para onde indicava, qual é o significado das palavras. E a princípio, a Língua Tailandesa é uma Língua muito psíquica, há todo um leque de termos acerca de “Citta” (mente-coração) e “Jay” (vencer-conquistar), diferente níveis de felicidade e miséria, enlevo ou depressão, intermináveis tipos de combinações para descrever sentimentos emocionais, estados mentais. E também, traduzir isso para o inglês e aprender a como utilizar a Língua inglesa da forma como realmente funciona, não só em termos de expressão gramática ou de estrutura da Língua, mas psiquicamente, como na realidade as palavras têm efeito, de como elas na realidade afectam a consciência, porque a consciência é o alicerce do Ser. Isto é consciência, a Língua, as palavras, os conceitos, os eus. Como por exemplo dizer “Eu”...
  (... continua) 
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