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Dhamma Talk - Palestra

de Ajahn Sumedho

em 29 Abr 2006

  (...anterior) A “Presença Consciente” (Awareness) dá permissão, discernimento, permite receber algo. Mas a tendência para julgar a qualidade, vem mais uma vez da mente critica, “isto é mau, isto é bom, isto está certo, aquilo está errado”.

Então, eu acho que este modo de reflectir, na realidade, é uma purificação. Porque na verdade, quando se consegue fazer isto, mesmo que o que venha à consciência possa parecer contaminado e impuro, está-se na realidade a permitir-lhe a liberação, a permitir que parta. Está-se a libertar estes estados miseráveis. Através da consciência o que é que eles fazem?..eles param, eles vão-se embora. Se não se fizer isso então tende-se a suprimí-los outra vez, ou é terrível e resiste-se, estando constantemente a não permitir esta purificação, esta pureza natural, porque se está de tal forma em controlo, a tentar controlar e a rejeitar o que não se gosta e o que não se quer ver, o que não se quer saber e de que se tem medo, que se suprime.
Portanto, é aqui que se encontram as referências ao Buddha (§), Dhamma, Sangha. Porque é que eu valorizo isso, porque é que tomo refúgio no Buddha, Dhamma, Sangha? Porque isto...isto é uma forma e uma convenção, mas para mim, porque o desenvolvi, isto é uma referência, uma recordação. Estas três frases: Buddham Saragnam Gachami (eu tomo refúgio no Buddha); Dhammam Saragnam Gachami (eu tomo refúgio no Dhamma); Sangham Saragnam Gachami (eu tomo refúgio no Sangha), lembram-me, simplesmente, até daquilo que eu possa estar a experimentar, do horrível, maligno ou assustador, louco, demente, ou seja lá a qualidade que possa ser...mas o meu refúgio, é ver isso em termos daquilo que é Samskāra (formação mental), a surgir e a acabar. Ver a cessação disso, não é rejeitar isso, mas permitir que o seja e logo realizar a cessação. Porque nessa “Presença Consciente”, então está-se de facto a observar...já não se é mais a pessoa a possuir a condição, é-se Buddho, o Buddha a observar e a conhecer o Dhamma, tudo o que está sujeito a sugir e tudo o que está sujeito a acabar.

Ora, quando algo acaba, o que realmente acontece é largar algo, não é rejeitar esse algo. Rejeição implica sempre aversão, “eu não quero isto” e aí está aversão... e nunca nos libertamos através da rejeição do que quer que seja, simplesmente suprimirmos e quanto mais suprimimos, mais essas raivas e esses medos nos fulminam por dentro, cortam, corroem-nos completamente... comem-nos o fígado e o baço (ri). Então é como guardar estes demónios dentro de nós e depois perguntar porque sômos miseráveis. O que se tem que fazer é abrir a porta amplamente e... eles também não querem ficar cá dentro, deixem-nos sair, libertem-nos, dê-se amnistia a todos os prisioneiros...um grande gesto, é um gesto de Amor, não é?.. de Amor incondicional... e depois o que sai fora é do género, eu comparo-o com um clister... o que sai é nojento, mas... uma vez terminado, sentimo-nos muito melhor (risos). Mas depois, isto também nos transmite um sentimento da beleza da vida. Apesar de toda a negatividade, maldade e egoísmo, da violência que se ouve interminávelmente nos média, acerca do egoísmo e da corrupção da humanidade... se provarmos isto a nós próprios, realizámos que o que jaz por debaixo de tudo é Amor... Amor incondicional.
Eu não espero que acreditem em mim, mas isto é só uma sugestão... uma forma de olhar. Não tem nada a ver com gostar. Mas é uma realidade incondicional. É real, não é só um momento inspirado na minha vida, em que de repente amo toda a gente. Não é isso.

Reconheçamos o incondicional, como na “Terceira Nobre Verdade” - a cessação do sofrimento... realizar essa realidade. O que começa acaba. Permitir às coisas que acabem. A morte é o fim de uma condição, cessação... morte. E nós temos medo da morte. Portanto, muitos de vós vêm dizendo que uma grande quantidade de medo aparece na vossa prática à medida que se aproximam do vazio. Experimentar o vazio e o “não eu”, revela-se bastante assustador. Porque não estamos preparados para isso emocionalmente.
  (... continua) 
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