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Mosteiro Budista
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Budismo Theravada

de Bhikkhu Dhammiko

em 08 Abr 2006

  (...anterior) Passos do Buddha Era costume ver nesses tempos idos, na Índia e na região dos Himālayas (§), muitos que ao procurarem o caminho da liberação espiritual, deixavam a vida da cidade e da vila em busca de um refúgio na montanha e na floresta virgem. Num acto de renúncia às riquezas e aos valores mundanos, era esse o lugar ideal, pois a Floresta oferecia um espaço natural, agreste, em que os poucos que lá se podiam encontrar ou eram os “loucos”, os proscritos, ou os renunciantes espirituais. Era uma dimensão à parte da influência material e das normas culturais e desse modo, o sítio propício para o cultivo das qualidades superiores espirituais, que permitiam transcender essas mesmas limitações.

Aos 29 anos de idade, o príncipe Siddhārta Gautama deixa a vida do palácio onde cresceu e dirige-se para a floresta com o propósito de treinar as disciplinas do Yoga (§). A história é conhecida de como, insatisfeito, deixou os seus mestres, procurando o seu próprio caminho. Assim o fez, após o qual chegou à realização da essencial verdade a que ele denominou “O Caminho do Meio”, precisamente sob a sombra da árvore bodhi, ao largo do Rio Nerañjarā, onde hoje se situa Bodh-Gayā, no Estado de Bihar, Índia.
Até onde os registos históricos nos podem confirmar, consta que, uns meses depois do Buddha (§) falecer, supostamente no século V a.C, foi reunido um grande Conselho de Anciãos de modo a formalizar e estabelecer os ensinamentos e as regras monásticas, na forma padrão do vernacular Pālibhasa –“A Linguagem dos Textos.” Cem anos mais tarde, dá-se a reunião do Segundo Conselho, novamente para verificar todo o ensinamento e com o intuito de criar um consenso geral em relação ao código e à doutrina. Foi então que se deu o grande cisma e a divisão entre os dois “veículos”. A maior parte do grupo quis a modificação de certas regras e veio a dar origem ao Mahāyāna – Grande Veículo, conhecido como Budismo do Norte, que se propagou principalmente para o Tibete (ramo Vajrayāna), China, Coreia e Japão (§). A minoria do grupo foi mais cautelosa em relação às modificações propostas, preferindo permanecer fiel à simplicidade estrita dos ensinamentos e não extrapolar o Dhamma tal como tinha sido legado pelo Buddha a seus Discípulos originais. Foi a partir deste grupo minoritário de Theras (em linguagem Pāli - Anciões), que 130 anos depois deste “Concílio”, surgiu a escola Theravada, Hīnayāna – Pequeno Veículo, caracterizado por ser o mais conservador, também conhecido como Budismo do Sul e que se propagou para o Sul e Sudeste, inicialmente Índia e depois, Sri Lanka, Birmânia, Tailândia, Laos, Vietnam, Malásia e Indonésia.

Por volta de 250 a.C, durante o reinado do Imperador Aśoka (§) (273-236), havia já várias linhas e escolas divergentes em todo o Sub-Continente Indiano. Foi então que se reuniu o terceiro Conselho Budista presidido pelo Venerável Moggaliputta Tissa Maha Thera, sob o patrocínio fundamental do Grande Imperador e onde foram decididas várias missões, enviadas tanto para dentro como para fora da Índia.
Um grupo em que se encontrava o filho do Imperador Aśoka, Arahant Mahinda, juntamente com outros quatro, dirigiu-se para o Sri Lanka, o que será mais tarde o Ceilão português. Aí transmitiram os ensinamentos do Buddha ao Rei Devanampiyatissa (247-207 a.C) que, impressionado, logo aceitou o Budismo. Assim se estabeleceu pela primeira vez o Budismo na ilha.
No seguimento do conturbado período político do século I a.C, em que uma fermentação de movimentos do revivalismo Brahmânico Hindu, com influências de Este e Oeste, se levantou no Sub-Continente Indiano - gerou-se um clima de pressão aumentando o risco de se perder a linha mestra do ensinamento básico e prático do Buddha, devido também em parte à divergente diluição da tradição nas várias frentes de pensamento e religião então na forja.
  (... continua) 
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