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Notando o Espaço

de Ajahn Sumedho

em 28 Mai 2006

  (...anterior) Sabemos que ele é algo impermanente. Ele surge e desaparece na mente. Então não teremos de fazer nada dele. Diabos ou anjos (§) – é tudo o mesmo no que se refere à nossa atitude. Antes, ao ter um mau pensamento começamos logo a criar um problema: “O diabo anda atrás de mim. Tenho de me livrar dele”. Agora, quer seja tentar ver-me livre do diabo quer seja tentar agarrar os anjos, tudo é sofrimento (dukkha). Se adquirirmos esta postura de Buddha (§) – conhecedor, conhecendo as coisas como elas são, então tudo se torna dhamma (verdade, ensinamento). Tudo se torna na verdade do caminho que É. Vemos que todas as condições mentais surgem e cessam – o bom juntamente com o mau, o útil com o inútil.
Isto é o que entendemos por reflexão – começamos a notar as coisas como elas são. Ao invés de assumir que deveria ser de qualquer forma específica, começamos simplesmente a contemplar, a notar.
O meu propósito não é dizer-vos como é mas encorajar-vos a saber por vós próprios. Não se ponham por aí a dizer: “O Venerável Sumedho disse-nos como é”. Eu não estou a tentar convencer-vos de um ponto de vista, eu estou a tentar apresentar um caminho para ser por vós considerado, um caminho de reflexão na vossa própria experiência, uma maneira de conhecerem a vossa própria mente.

Pergunta: Algumas pessoas falam há cerca dos janas, estados de absorção na meditação, no Budismo. O que são esses estados e como é que eles se enquadram nos conceitos de plena atenção, insight e reflexão?
Resposta: Os janas ajudam a desenvolver a mente. Cada jana é um refinamento da consciência e, como um conjunto, eles ensinam-nos a concentrar a nossa atenção em objectos cada vez mais refinados. Através da plena atenção e da reflexão, não plena vontade, tornamo-nos bastante conscientes da qualidade e do resultado daquilo que estamos a fazer. Quando se pratica um jana após o outro, desenvolvemos a habilidade de manter a atenção em objectos cada vez mais refinados. Desenvolvemos grande habilidade nesta prática e experimentamos a graça que vem da absorção em estados cada vez mais refinados de consciência.
O Buddha recomendou a prática dos janas como um meio hábil, mas não como um fim em si mesmo. Se deixarmos que se torne um fim em si mesmo, tornamo-nos apegados ao refinamento e sofremos, visto uma parte tão grande da nossa vida humana não ser refinada mas sim bastante grosseira.
Em contraste com a prática dos janas a meditação vipassana (meditação de insight) foca-se na realidade das coisas, a impermanência das condições e o sofrimento que vem com os apegos. A meditação vipassana ensina-nos que o caminho para sair do sofrimento não é através do aumento do refinamento da consciência, mas sim através de não nos agarrarmos a nada – nem mesmo ao desejo de nos absorvermos em qualquer nível de consciência.

Pergunta: Então insight é reflectir na avareza da mente?
Resposta: Sim, o insight leva a que notemos sempre o resultado da avareza e desenvolve a Correcta Compreensão. Por exemplo a contemplação das Quatro Nobres Verdades permite-nos ter a Correcta Compreensão e então essa visão-pessoal e esse conceito-pessoal são penetrados com sabedoria. Quando existe Correcta Compreensão nós não estamos a praticar os janas a partir de uma atenção egoísta; eles representam um meio hábil de cultivar a mente, mais do que uma tentativa de alcançar um resultado pessoal. As pessoas enganam-se quando abordam a meditação com a ideia de alcançar ou realizar algo. Isso vem sempre do problema básico da ignorância e da visão pessoal combinados com o desejo e o tentar agarrar-se a algo. E isso cria sempre sofrimento.
Retirado de uma palestra de Ajhan Sumedho.
Titulo original: Noticing space
Tradução de Vasco (anagárica)
   
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