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Folhas de Luz - Antologia

de Maria Ferreira da Silva

em 28 Nov 2014

  (...anterior) Portanto, a medida de tempo, resulta da organização da matéria no Espaço e da sua dimensão, e sendo o tempo incomensurável no Cosmos, torna-se incompreensível para a nossa dimensão de consciência, abarcar esse Eterno Existir que sempre foi, é e será.

4º Capítulo

Savanarola

Jerónimo Savanarola, frade e citadino de Florença, foi por excelência um mártir cristão. Promotor de uma grande Reforma dos costumes, benfeitor dos pobres, incentivou as Artes e as Letras. Designava-se “Cavaleiro de Cristo”, portador da Sua palavra, e afirmava revolucionariamente: «Toda a autoridade que impedisse a expressão da livre vontade, quando esta é seguramente boa, quando conduz a Deus pela graça e promove o bem, pode e deve ser banida».
Jerónimo Savanarola nasceu em Ferrara, a 21 de Setembro de 1452 às 23h30 no dia da festa de S. Mateus. Foi um miúdo precoce e o preferido de um médico famoso de Pádua (seu avô Miguel Savanarola), que admirava nele a profunda diligência e seriedade, preparando-o para que continuasse a tradição médica. Porém, Savanarola teve aspirações bem diferentes, e um dia, silenciosamente saiu de casa, bem cedo para evitar nos seus pais a tristeza da partida, a dor da despedida, percorrendo a pé cinquenta quilómetros de caminho, desde Ferrara a Bolonha. Não tinha ainda vinte e três anos, mas a sua decisão é irrevogável e assim é conduzido por apelo interior, ao encontro do chamamento da Alma para a vida de recolhimento, com fervorosa devoção,
«Era tanta a minha dor e paixão que sentia no meu coração, devendo partir dali que se tivesse dito que partia, eu creio sinceramente que me impediriam e seria doloroso ao meu coração». E justifica-se: «A razão pela qual me move entrar para a religião é esta; a miséria no mundo, a iniquidade do homem, o adultério, a ignorância».
Em 1475 toma o hábito em São Domingos de Bolonha e em 1479 é enviado à sua terra natal para completar os estudos na Faculdade de Teologia.
Três anos depois, em 1482, chega a Florença. Para este jovem frade, Florença constitui uma experiência maravilhosa, já que a considerava “A Cidade de Deus”. Aqui estuda e aprofunda com crescente entusiasmo a Sagrada Escritura e inicia a sua explicação aos noviços do Convento de S. Marcos. Jerónimo Savanarola que tinha ido em busca da paz do claustro para serenar a sua alma inquieta amargurada pelos pecados do mundo, teve a oportunidade de empreender um novo rumo na sua vida de austeridades: redobra os jejuns e as penitências. Usava os hábitos mais gastos e prestava os serviços mais modestos levando ao extremo a sua humildade.
Era um jovem muito concentrado e silencioso, e vivia debaixo das secretas e íntimas realizações espirituais que se processavam no seu interior. Os seus superiores cedo descobriram um ser especial, um espírito cultivado, e que havia aprofundado Aristóteles e S. Tomás de Aquino. Era forte e directo na dialéctica escolástica e tinha natural eloquência.
Na verdade, haveria mais grato destino para quem queria renunciar ao mundo do que aquele que os claustros de S. Marcos oferecia?
   
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