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Curso de Meditação 3ª Lição

de Maria Ferreira da Silva

em 26 Mar 2020

  (...anterior)
Ainda dentro do conceito de Avidyā, tudo o que vemos, sentimos, experimentamos é na base do concreto e torna-se real, mas como tudo está num constante estado de flutuação, a sensação estranha de hoje, pode amanhã, ser transformada em sensação de satisfação ou vice-versa. O modo como vemos as coisas muda e a isso se chama Pariṇāma-Vāda.

Se as coisas vão mal é porque Avidyā tem lugar preponderante, contudo, devido a uma constante mudança, elas alternam e pode ser umas vezes para melhor e outras para pior. Devemos estar atentos, pois nunca sabemos quando elas ocorrem, mas está ao nosso alcance melhorá-las e para isso se propõe a prática da Meditação.
O alcance do estado de Yoga (§) (estado apaziguado da mente) é o resultado da prática da Meditação, que leva à acção correcta e melhora a qualidade da nossa vida.

A prática dá-nos a ocasião de compreender o objectivo do caminho.

A Meditação é algo que vivenciámos desde o interior, com a totalidade do nosso ser.
Tanto o movimento de uma postura corporal, como mental, é Yoga. O objectivo do Yoga (Meditação) é equilibrar e unificar o corpo, a respiração e a mente, para obter-se finalmente o conhecimento profundo da Realidade Suprema.

Os três passos principais do Yoga são:
Dhāraṇa – Concentração
Dhyāna – Meditação
Samādhi – União

Apresentamos duas imagens, que mostram o desenvolvimento da mente através da Meditação até alcançar o seu objectivo.

A primeira é da mente distraída, dispersa em pensamentos que funciona em todas as direcções e constitui um bloqueio à Meditação.
Pela prática da Concentração (Dhāraṇa), começa-se a controlar a mente para uma só direcção, voltada para o “Objecto Eleito”, ou seja, para a Mente Divina. Este processo requer a prática de Dhāraṇa (concentração) por algum tempo, e foram os primeiros passos das lições anteriores.
Depois, a mente devido à prática da concentração entra no processo de Meditação (Dhyāna). A mente, quando absorvida pela Meditação, fica “quase” em estado de Samādhi. Neste passo (o mais importante no Yoga) começa a Comunicação entre a mente e o “Objecto Eleito”, a Mente Divina.

Esta absorção na Meditação resulta de certos processos mecânicos do cérebro, desenvolvidos e educados pela Concentração, e torna-se irreversível; depois de se tocar certos planos espirituais aos quais a Meditação conduziu, começa então verdadeiramente a realização interior e já não é possível voltar atrás.
A Meditação acelera o desenvolvimento evolutivo do próprio cérebro, onde se operam mudanças nas células e por consequência na forma de pensar, actuar e viver, o que leva progressivamente ao alargamento de Consciência.
Têm sido lentos os avanços da ciência sobre o conhecimento dos mecanismos do cérebro e portanto, ainda pouco se sabe sobre o nosso próprio funcionamento cerebral. Infelizmente, enquanto os cientistas continuarem a rejeitar o Espírito, não se adiantarão muito no conhecimento da consciência e do cérebro, nem na descoberta de meios para a cura de muitas doenças.
O cérebro é o suporte da Consciência que, por sua vez, é a manifestação do Espírito, mas na realidade, embora todos os cérebros humanos sejam física e aparentemente iguais, a forma como ele é usado difere, devido à consciência de cada um. Assim, há seres cujas áreas do cérebro são mais estimuladas acelerando a evolução de consciência, onde em outros, elas permanecem passivas. É a evolução espiritual que determina não só a Inteligência-Consciência, como demonstra o aperfeiçoamento do carácter, e consequentemente, a qualidade de viver. É no cérebro que se encontra o mistério da nossa humanidade e divindade.

Seria importante para aqueles que praticam certos métodos espirituais, conhecer os mecanismos do cérebro na sua função física e assim acompanhar melhor as suas próprias transformações internas, assim como a Ciência, deveria conhecer a funcionalidade do cérebro quando se pratica uma modalidade espiritual, especialmente a Meditação; como ela influencia a regeneração do próprio cérebro, e compreender finalmente, a manifestação do Espírito.
  (... continua) 
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