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Olhando o Céu

de Maria Ferreira da Silva

em 31 Ago 2006

  (...anterior)
Convém saber, que pelo simples facto de se tirar um curso pseudo-espiritual de iniciações, ou outras modernas modalidades, habilita a poderes ou confere autoridade, capaz de induzir os outros a curvarem-se perante tanto grau de iniciação. Outros manobram energias que na maior parte das vezes são contraproducentes com o verdadeiro caminho espiritual.

A moda da cura através dos mais diversos e díspares métodos, são o isco para os incautos que se convencem que podem curar, e, atraídos por graus iniciáticos, pagam exorbitâncias para ficarem habilitados a curar pelas mãos, pelas limpezas da aura, pelas cores, anjos (§) que se chamam pelo pêndulo, etc.
Valorizar demasiado as propostas de grupos e escolas generalistas de caminho espiritual, pode levar à dependência, pois o trabalho interior é essencialmente individual, isto é, no sentido de pessoal. Raramente os neófitos alcançam o que lhes é prometido mesmo que cumpram as regras prescritas, pois que, a realização espiritual é aquilo que brota da alma livre e independente, e ela conduz todos os processos internos do caminhar para Deus. O sentido real da verdadeira via espiritual é que cada um se torne o Caminho, ao libertar-se de pensamentos dogmáticos e doutrinais, tornando-se responsável por si próprio.
Há testemunhos de pessoas, que após longa procura através dessas modalidades de “nova era” se sentem frustradas pelo vazio de tais experiências, e que as levaram apenas à perda de tempo e de energias, onde obviamente foram desviados dos seus objectivos e deveres espirituais.
De facto, estes “jogos” pseudo espirituais, induzem as pessoas a pensar que podem saltar da vida profana para a vida espiritual, sem passar pela transmutação que deve acompanhar essa ligação: ela é a ponte que confere a diferença entre uma margem e outra. Como exemplo, do que é a via da evolução espiritual temos a Meditação, mas certamente, que ela deve ser acompanhada de certa atitude de vida, ou seja; quando se deseja meditar é porque se desperta para “algo”, que se apresenta como alternativa à sua forma de estar anterior. Continuar na mesma postura quanto às coisas fúteis do mundo e querer meditar porque é moda, para relaxar ou para obter poder mental ou ainda, por ambição espiritual é também um erro!

Eis a razão, porque nem toda a gente consegue entrar numa prática de Meditação, nem faz o seu caminho espiritual de forma consciente, por outras palavras, a Meditação não serve para todos na medida em que é necessário olhar para dentro, admitir e identificar erros, vícios e negligências. Justifica-se a fuga ao mais difícil (auto-conhecimento), ao enveredar-se por actividades que apresentam de imediato fenómenos e estados, que induzem a pensar que são verdadeiros e benéficos. A mudança deve vir do interior com a aspiração de aperfeiçoamento do carácter, numa evolução consciente e então sim, depois integrar a atitude espiritual na vida diária, já com outra dimensão de consciência.
Também em relação à Astrologia, ela é um campo de probabilidades, e pode considerar-se válida quando usada para benefício próprio como meio de auto-conhecimento e de aperfeiçoamento, mas não um caminho espiritual por si só. A ciência da Astrologia, que antigamente estava nas mãos filósofos, matemáticos e astrónomos ou de seres com capacidades muito especiais, espirituais e mentais, encontra-se hoje acessível ao mais ignorante, devido à facilidade da Informática, que é usada apenas com fins lucrativos, sem as bases da realização e do conhecimento, que era antigamente o fruto de longa caminhada espiritual. Assim, hoje em dia, temos uma má utilização, principalmente também quando usada com o objectivo de adivinhação do futuro. Tornou-se um vício adivinhar o futuro, relegando para segundo plano o saber viver o presente, com consciência e atenção, pois viver conscientemente o presente é construir sabiamente o futuro.
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