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A Morte - Início de Vida? II Parte

de Zelinda Mendonça

em 23 Out 2006

  (...anterior) Uma Alma recebida no Paraíso de Burne-Jones

A última divisão do Livro dos Mortos agrupa capítulos adicionais ou suplementares cuja unidade reside na homenagem prestada a Osíris, em forma de Rá, no mundo subterrâneo.

Nos capítulos finais fala do aparecimento do pecado, do Dilúvio purificador, donde surgirá o Demiurgo na sua forma primeira de serpente e do surgimento de Osíris como rei, no trono de Rá em Heracleópolis.
A parte final do livro versa a glorificação de Osíris-Rá, a quem o morto se apresenta como Horus seu herdeiro e como Tot, protector por excelência.

Os Vedas

- Estes são os mais antigos textos do Hinduísmo
- os mais antigos escritos são de 1500 a.C. embora a tradição oral seja mais antiga
- foram codificados cerca de 600 a. C.
- contêm:
- hinos
- orações
- encantamentos
- rituais da Índia Antiga

Os Upaniṣads (§)

- são parte da filosofia védica
- foram escritos entre 800 e 400 a.C.
- referem como a alma (Ātman) pode ser unida com a verdade final (Brahman)
- o Upaniṣad Katha – fala do mito de Naciketa e de como este venceu a morte.

O mito de Vjasravas e de Naciketa

Vjasravas – simboliza as práticas religiosas ordenadas pelas escrituras
- representa a religião tradicional ou convencional
- requer a observância de práticas externas para obter
recompensas celestes.
Naciketa - significa o misticismo na religião, algo que está além da percepção, algo que está além da extensão normal da percepção.

Vajasravas, o pai, realizava caridade.
Naciketa, o filho, descobre que esse padrão de caridade era destituído de do verdadeiro espírito caritativo.

Assim, o misticismo revolta-se contra a religião tradicional.

Mas o que pode um jovem contra o poderoso pai?
O jovem pergunta insistentemente a quem o pai o vai dar. O pai finge não ouvir, mas perante a insistência responde:
«eu te dou para a morte!».
Naciketa é apanhado de surpresa, mas não há nada a fazer. O pai fica cheio de remorsos, o filho tenta consolá-lo dizendo que todos os homens no passado e todos os que virão falecerão e que um mortal é como um grão que morre e renasce.
Isto revela que – a morte é coisa normal e que Naciketa era conhecedor da reencarnação em que nascimento e morte são ciclos recorrentes.

Naciketa segue para o palácio de Yama, o senhor da morte.
Yama não estava lá e Naciketa espera três noites. Como recompensa das três noites em que esteve esperando Yama dá a possibilidade de Naciketa fazer três pedidos.

1º pedido – Naciketa pede que seu pai seja apaziguado da raiva e possa ser feliz e livre da animosidade e que se lembre dele e lhe dê as boas vindas depois de deixar o palácio da morte, de forma que a sua passagem através do estado emocional seja livre de dor e de angústia.

2º pedido - Naciketa pretende conhecer “aquele fogo sagrado que conduz ao céu”. Yama fica satisfeito com o seu pedido e então transmite-lhe todos os detalhes com relação à luz desse fogo. Está tão satisfeito que lhe adiciona uma nova dádiva – esse fogo sagrado no futuro será conhecido como “o fogo de Naciketa” em sua honra. “Esse é o fogo que conduz ao céu”.
Naciketa não estava buscando a aparentemente interminável continuidade do mundo celeste, pois sabia que essa continuidade TINHA FIM. Ele estava ciente do facto da reencarnação, mas a condição pos-morte e a reencarnação lhe pareciam uma cadeia incessante destituída de significado e propósito.

3º pedido – diz Naciketa que quando um homem morre, surge esta dúvida: - alguns dizem que há uma “existência” e alguns dizem que há uma “não-existência”. Conte-me a verdade, e que essa seja a minha terceira dádiva.

Yama sente-se embaraçado com o pedido de Naciketa e faz tudo para o dissuadir. Não o consegue, porque Naciketa não se deixa tentar pelos “prazeres que se desvanecem”, com as riquezas, porque estas são passageiras e estão sob o domínio do deus da morte enquanto ele estiver no poder.
Perante a perseverança de Naciketa, Yama aceita-o como seu discípulo e inicia os seus ensinamentos.

Yama confirma que os tesouros se evolam. O eterno não é alcançado pelo transitório.
  (... continua) 
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