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Mosteiro Budista
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Entrevista com Maria

de Joel Neto

em 01 Jul 2020

  (...anterior) Maria com crianças no Nepal Com quase três mil anos, a filosofia budista nasce com Buddha (§), príncipe indiano que viveu 600 anos antes de Cristo e se deixou sensibilizar pelos males do Mundo após ter passado os primeiros tempos de vida a salvo dos mesmos, retido no palácio por decisão paterna. Ao longo dos séculos, a filosofia acabou por ramificar-se em quatro correntes principais: Budismo Mahāyāna (ou tibetano), a principal corrente, cujo líder é Dalai Lama (§); Budismo Zen (§), divulgado sobretudo no Japão (§), na Coreia e na China; Budismo Vrajayāna e Budismo Theravada, o ramo mais ortodoxo de todos onde e cultivam as práticas mais ancestrais e mais ênfase se dá à meditação. Em Portugal, onde a União Budista congrega os vários ramos, apenas o Budismo Tibetano tem alguma expressão – e mesmo assim residual, se tido em conta o contexto da sociedade portuguesa. Já este ano, porém, Maria Ferreira da Silva conseguiu organizar um retiro na Arrábida com a participação de Ajahn Sumedo, líder mundial da corrente Theravada – e dos colóquios e “workshops realizados ao longo da estada de Sumedho em Portugal resultou o aparecimento de vários interessados.

“O Budismo está muito longe de ser uma coisa para mulheres sozinhas, como parece dizem alguns. Há muitos homens budistas e, aliás, nos mosteiros à excepção dos Theravada, só há homens. Por outro lado, a mulher, sendo tão inteligente como o homem, tem um espírito mais aberto. A maternidade desenvolve a sua capacidade de amar, a sua sensibilidade”, explica Maria. “O que é preciso de qualquer forma é procurar a espiritualidade. Todos somos espirituais, mas apenas alguns têm consciência disso. E é essa consciência que faz a diferença. Em mim, a espiritualidade renasceu quando, por volta dos 35 anos, acordei de um sonho com uma profunda sensação de felicidade, como se viesse de um estado de não-existência, de morte, de comunhão com Deus – de tal modo que, no fundo, até tive pena de acordar. Às outras pessoas, ela há-de manifestar-se de maneiras diferentes. Mas, se estivermos atentos aos apelos que surgem, podemos fazer um trajecto”.

Um centro espírita em Lisboa, um mosteiro em Inglaterra, os mais diversos locais de romaria (peregrinações) no continente asiático – vários são os palcos onde Maria Ferreira da Silva se tem dedicada à espiritualidade. É sensibilizar Portugal, porém, o seu principal objectivo. “Escrevo porque tenho algo a transmitir. Tudo o que digo resulta de realizações internas, das minhas experiências pessoais de compreensões. E é isto que me leva a que chamo a minha missão: ajudar ao despertar espiritual de Portugal e dos portugueses” diz. A sua esperança é que, no dia em que vier Maitreya, o segundo Buddha, também haja no nosso país pessoas prontas a recebê-lo. “No Ocidente, encara-se muito a vinda de Maitreya como a segunda vinda de Cristo. Como se tratasse da mesma energia. No Oriente, contesta-se esta visão. A mim, sinceramente, nem me interessa isso: será algo acima de todos os rótulos”.

É em “O Avatāra” (título originalmente em sânscrito), lançado em Maio de 2005 (2ª edição, a 1ª em Outubro 2002), que Maria Ferreira da Silva mais se expõe. Nele se contam alguns passos da sua progressão espiritual. Mas o percurso literário de Maria começa muito antes, há cerca de duas décadas com “Maitreya Vem…”, publicado em edição de autor. Seguem-se os mais variados livros, entre os quais “O Silêncio – A Melatonina e a Meditação”, “A Eterna Sabedoria – Religiões”, “Folhas de Luz”, “Guia de Meditação – A Meditação e o Equilíbrio Interior”, Tratado de Meditação”, ou “As Iniciações” entre outros. Alguns foram entretanto reeditados e integrados na chancela Maitreya, criada pela própria Maria Ferreira da Silva. “Hoje em dia as livrarias já aceitam os meus livros. Antigamente, achavam que era bruxaria ou coisa do género. Olhavam-me de lado”, explica Maria. “Aliás, só de há uns dois anos a esta parte é que Portugal começou a despertar um pouco para a espiritualidade. E, agora tenho esperança de que essa tendência triunfe”.

Correio da Manhã - Outubro,2006
   
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