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Os Evangelhos Comentados

de Firmamento Editora

em 30 Nov 2006

  (...anterior) No evangelho, a morte de Jesus é glória, porque pela sua morte liberta; com a sua morte se vê abolida a Morte e a humanidade é reconciliada com Deus: “Deus amou de tal forma o mundo que entregou o seu Filho único, para que todo o que n’Ele acreditar não morra, mas tenha a vida eterna”.
Seguir Jesus, é tomar a Cruz (§) todos os dias, em inúmeros e consequentes - se bem que aparentemente insignificantes - gestos de reconciliação na vida quotidiana: assim ensina o Catecismo da Igreja Católica. O significado da Cruz é o que a Páscoa convida todos os cristãos a meditar e o que João 18-19 tão profundamente nos incita a explorar em termos de mistério pascal.
“Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por meio d’Ele. Quem acredita n’Ele não está condenado; quem não acredita já está condenado, porque não acredita no Nome do Filho único de Deus. Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Quem rejeita o Filho nunca verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele”.
Aceitando contribuir para a leitura e reflexão sobre a Paixão e Morte do Senhor, quis que o meu comentário reflectisse a perspectiva de quem, sendo muçulmano - e não reconhecendo Jesus como Cristo, Filho de Deus e Palavra Encarnada, que foi “crucificado morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia”, mas apenas como profeta - procurou entender e respeitar o significado cristão da mensagem.
O próprio facto de um muçulmano, lado a lado com cristãos de várias denominações e, assim como ele, crentes de outras religiões e não-crentes, terem sido convidados a contribuir para um livro que se quer para leitura e prática cristãs, é profundamente significativo do reconhecimento da transformação da sociedade portuguesa contemporânea na sociedade empiricamente multicultural e multireligiosa que ela hoje é. A sociedade de valores multiculturais e ecumenicamente multireligiosa e fraternal, essa está ainda por criar, mas está nas nossa mãos fazê-lo. O pluralismo religioso desafia-nos diversamente enquanto crentes (e não crentes). A cada uma das nossas religiões, e em termos próprios a cada uma, o pluralismo impõe uma reflexão doutrinária e comunitária sobre a nossa relação com os outros. No cristianismo, é em torno da Trindade, da Encarnação, do mistério pascal da crucificação e ressurreição de Cristo, da Revelação e da Salvação que o diálogo e o confronto de interpretações e a tomada de posições se polarizam, em abertura ou fecho.
As Igrejas assumiram o debate. Entre os teólogos ele floresce. Mas aqui e hoje, quando, com João ante os olhos e a Páscoa no coração, renovas o compromisso de seguir Cristo e tomar a cruz, que significa ela, leitor cristão e leitora cristã, para a tua relação connosco, não-cristãos?

Muçulmano
   


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