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Textos Sagrados são os registos que evocam o divino. Neste espaço eles irão testemunhar a reverência espiritual da humanidade, porque asseguraram e continuarão a assegurar, a herança que dirige o rumo da contínua evolução dos seres. A Sabedoria perene e a força espiritual irradiam através dos tempos, sob a égide de Escrituras Sagradas.


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Bhagavad Gītā - XI Capítulo

de Rājarāma Quelecar

em 07 Dez 2006

  A Bhagavad - Gītā é uma das obras primas da literatura mundial e a melhor jóia da literatura indiana. A Gītā ensina-nos que a finalidade do homem é a sua espiritualidade e que todo o homem deve trabalhar sem esmorecer para alcançá-la utilizando para esse fim, todas as suas possibilidades, esclarecendo-nos mais as verdades superiores da filosofia e da religião, a conduta do homem na sociedade e a da sociedade humana no mundo cósmico.

Visão do Macrocosmo
I
Arjuna:- Pela Tua misericórdia, Tu me desvendaste o segredo supremo do conhecimento espiritual, e, assim, dissipaste todas as minhas ilusões.
II
Dissertaste sobre a criação e a dissolução do universo e, bem assim, sobre a maravilha do Teu poder.
III
Convenço-me da verdade inteira da Tua lição. Mas, oh Supremo, não me darei por satisfeito sem Te ver na forma divina, tal qual acabaste de me descrever.
IV
Descobre-me, portanto, essa Tua forma imperecível, oh Supremo Yogui, para eu a ver, se não achares inconveniente algum da Tua parte.
V
Śri Kṛṣṇa: - Vais tu contemplar, oh Arjuna, em centenas e milhares, as minhas formas, variadas em género e diversas em cores.
VI
Contempla os Aditias, os Marutas, os Vassus, os Rudras, os dois Asvinas, e muitas outras maravilhas que ninguém, até hoje, contemplou.
VII
Hoje mesmo, e neste mesmo lugar, vais tu contemplar, oh Arjuna, o mundo inteiro dos animados e inanimados, unificado no Meu corpo, e tudo o que tu desejas observar.
VIII
Persuado-Me, porém, de que tu não poderás atingi-lo com esses olhos humanos. Vou-te dar a visão divina com que, num relance, apanharás toda a Minha maravilha.
IX
Sanjaia: - Dito isto, oh Majestade, Śri Kṛṣṇa, o maior Yogui, revelou a Arjuna a sua magna forma.
X
Era uma forma majestosa, com miríades de faces e inúmeros olhos, que se multiplicava em outras tantas formas, com inumeráveis ornamentos e armas variadas nas suas mãos.
XI
Trazia grinaldas e trajes sublimes, com o corpo todo odorífero, untado dos bálsamos aromáticos divinos, com as faces numerosas dirigidas para todos os lados, portentoso no seu aspecto singular.
XII
O seu esplendor era tão grande que se não poderia comparar com a luz de milhares de sóis reunidos e brilhando simultaneamente no céu.
XIII
E Arjuna viu nela o mundo inteiro dividido em miríades de formas, mas unificado no corpo do Deus dos deuses.
XIV
E com essa visão, Arjuna, todo espavorido, com arrepios, prosternou-se perante aquela figura grandiosa, e com as mãos unidas, disse:
XV
Arjuna: - No vosso corpo que ostentais, ó Deus, vejo eu todos os deuses em peso e variadas legiões dos seres: Brahma, o Deus Criador sentado na flor de lótus, com Ṛṣis na máxima serenidade e a serpente divina ao seu lado.
XVI
Vejo os vossos braços, os ventres, os olhos e as faces em número ilimitado. Vejo também vossas formas infinitas percorrerem por todos os lados; não descubro, porém, o começo nem o meio, nem o fim, ó Senhor do Universo, ó Mestre Soberano!
XVII
Vejo-Vos, Senhor, com a coroa, o disco e a maça de uma refulgência tal que me ofusca a vista, irradiando por toda a parte, como a luz do fogo ou do Sol.
XVIII
Vós sois o Imutável Supremo que primeiro temos que conhecer. Sois o alto suporte e a grande mansão do universo. Sois o guarda imperecível das leis eternas e essência sempiterna do universo.
XIX
Sem o começo, nem o meio, nem o fim, sois infinito no poder, com os braços inúmeros e os olhos brilhando como o Sol ou a Lua. Eu vos contemplo a fisionomia a arder de fogo, transparecendo que tendes o firme propósito de consumir o universo inteiro nas suas chamas.
XX
Vós, o único, ocupais todo o espaço entre a terra e o céu, e o mundo todo já perdeu o alento vendo essa Vossa temerosa figura.
XXI
Eis aqui diante das legiões dos deuses que se incorporam na vossa colossal figura, com as suas mãos unidas, a Vos venerar. Eis lá os Ṛṣis e os perfeitos a implorar a paz e felicidade para todos, gloriando-Vos com hinos laudatórios;
XXII
Eis acolá os Rudras, os Aditias, os Vassus, os Sadhias, os Asvinas, os Marutas, os Usmapas, os Gandharvas, os Vasias, os Assuras, os Sidhas, todos fitarem espantados a Vossa majestosa figura.
  (... continua) 
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