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Bhagavad Gītā - XI Capítulo

de Rājarāma Quelecar

em 07 Dez 2006

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XXIII
O pavor e a angústia apoderaram-se deles e de mim, também, em ver essa Vossa figura colossal, com miríades de cabeças, de olhos, de braços, de coxas, de pés e de ventres e de miríades de bocas com as dentaduras horrorosas.
XXIV
Vejo-Vos ocupando todo o espaço, flamejando em cores variadas, com as bocas abertas e os olhos enormes e brilhantes, o que me infunde o medo e a inquietação.
XXV
Tende misericórdia por mim, ó Deus dos deuses! Vou perdendo o alento e não sei orientar-me, vendo-Vos com miríades de bocas com dentes terríveis a vomitar chamas, para acabar, duma vez o mundo.
XXVI
Eis os filhos de Dhratarashtra e todos príncipes e, bem assim, os heróis Bhisma, Dronacharia e Karna, e também os principais combatentes do nosso exército.
XXVII
Vejo-os caírem, uns após outros, nas Vossas mandíbulas terríveis e alguns, já com as cabeças esmagadas e sangrentas, estão engasgados nos Vossos queixais.
XXVIII
Assim como as águas dos rios correm pressurosas para se lançarem no mar, assim esses grandes heróis se precipitam nas Vossas bocas flamejantes;
XXIX
Assim como os insectos fototácticos voam céleres à chama incandescente que os consome, assim essas legiões de homens se precipitam nas Vossas mandíbulas fatais.
XXX
E Vós, já depois de consumirdes todos eles que entraram nas braseiras das Vossas bocas, estais a lamber os Vossos beiços com línguas flamejantes. Oh Infinito, o mundo todo se sente abrasado com o Vosso fogo!
XXXI
Revelai-me quem sois Vós, que revestis essa forma tão gigantesca e cruel! Oh Deus Supremo, curvo-me reverente perante Vós. Dai-me a Vossa graça; desejo conhecer-Vos! Donde vieste? Incompreensível é para mim o plano das Vossas obras!
XXXII
Śri Kṛṣṇa: - Sou o Tempo, o destruidor do mundo; eis-me aqui para exterminar todos os povos. Exceptuando tu, oh Arjuna, ambos esses exércitos alinhados acabarão para sempre.
XXXIII
Levanta-te, oh Arjuna, para conquistar a glória, triunfante dos inimigos, e desfrutar o governo deste território opulento. Para Mim, eles já são mortos. Sê tu somente, a causa ocasional da exterminação deles.
XXXIV
Acaba com eles, que são mortos, por Mim: o Drona, o Bhisma, o Jaiandratha, o Karna e outros cabos de guerra. Luta tu; vencerás, certamente, os adversários na batalha.
XXXV
Sanjaia: - Arjuna, ouvindo essas palavras de Śri Kṛṣṇa, com as mãos unidas, todo atrapalhado, curvou-se perante ele e com voz trémula disse:
XXXVI
Arjuna: - Oh Soberano Mestre, é alegria e enlevo para os homens gloriar-Vos; é natural que os infiéis selvagens fujam de Vós por não Vos conhecerem, e os perfeitos Vos veneram.
XXXVII
E estes vos prestam homenagem sabendo que Vós sois o Criador original, maior que Brahmā, o criador. Oh Infinito! Senhor dos deuses! Oh Mansão do universo, Vós sois o Absoluto Imutável, superior ao ser e não ser.
XXXVIII
Vóis sois Deus Primordial, Deus Original, Deus Único, Mansão Suprema de todo o Universo; sois o conhecedor, o conhecimento e a condição suprema; oh Infinito, Vós revestis todo este universo!
XXXIX
Vóis sois o Poder executivo das leis eternas; sois o fogo, o ar, a água, a Lua, o Pai do criador Brahmā e de todas as criaturas. Eu Vos saúdo mil vezes, muitas vezes, sempre!
XL
Saúdo-Vos pela frente, por trás, por todos os lados; porque Vós sois cada coisa e tudo deste universo. Sois Infinito no poder e sem limites na produção. Ocupais tudo; sois omnímodo!
XLI
Mas eu, sem me compenetrar da Vossa majestade, quer pela minha imprudência, quer por irreflexão, ou em consideração da nossa amizade, Vos dirigi dizendo sempre: «Oh Kṛṣṇa, oh Yadava, oh amigo!»;
XLII
E por ignorância, me portei sem cortesia, nos passeios fluviais, ao descansar, ao sentar, ao jantar, e em todas as ocasiões, quer privadas, quer públicas. Imploro-Vos o perdão por tudo isso.
XLIII
Vós sois o Pai deste mundo dos animados e inanimados; sois o Soberano Mestre, o único venerável neste universo, incomparável e inigualável.
  (... continua) 
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