Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Sistemas Religiosos e Filosóficos
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 2 de 4
A Índia e o Afeganistão na Antiguidade

de Krishna Mohan Shrimali

em 29 Mar 2007

  (...anterior) A expedição de Alexandre o magno até à região dos cinco rios no subcontinente indiano já tinha destruído o grande império persa e depois da sua morte, as guarnições que ele estabeleceu foram administradas pelos selêucidas durante quase setenta e cinco anos. A declaração de independência por Bactria (a região setentrional do Afeganistão), nos meados do século III a.C. assinalou a queda dos selêucidas e deu luz ao assim chamado reino grego-báctrio. Durante mais que um meio século, reinaram sobre a Bactria e a região do noroeste da Índia, até que a pressão das invasões nómadas do norte obrigaram-nos a abandonar os seus domínios báctrios para sempre em cerca de 145 a.C. Todavia, as suas terras indianas continuaram sob a sua jurisdição durante mais algumas décadas e ficaram conhecidos na história como o “indo-gregos”.

Embora os reis indo-gregos e grego-báctrios sejam mencionados nas fontes clássicas, seria impossível reconstruir a sua história sem o auxílio de um grande número de moedas cunhadas por eles que foram encontradas – uma fonte valiosa de informação. Significativamente, e por razões óbvias, o Afeganistão é um participante proeminente nesta época de intensa interacção entre a Índia e o Afeganistão (desde os meados do século III até os meados do século I a.C.).
Essencialmente, as moedas dos indo-gregos e dos gregos-báctrios que foram achadas no Afeganistão consistem em três principais lotes, isto é, o tesouro de Qunduz, o tesouro de Mir Zakah e as moedas de Ai Khanoum (três grandes achados e moedas isoladas encontradas durante as escavações).
O tesouro de Qunduz, encontrado em 1946 num lugar chamado Khisth Tepe na margem afegã do Amu-Darya (o rio Oxus), cerca de 90 quilómetros longe de Qunduz, consiste em 627 moedas, das quais 624 são grego-báctrias e três são selêucitas. Acredita-se que o tesouro foi escondido na segunda metade do século II a.C.

O tesouro de Mir Zakah (53 quilómetros este/nordeste da cidade de Gardez) foi encontrado em 1947. Consiste em 13,083 moedas das quais 2757 são dos indo-gregos ou grego-báctrios, 4456 são das dinastias dos indo-cíticos, indo-párticos e kushanas, 5 são moedas gregas e 28 são ilegíveis. 5837 moedas deste tesouro foram identificadas como moedas com marcas de punção e moedas em forma de barra encurvada, e são reconhecidas como as mais antigas moedas do subcontinente indiano. Acredita-se que este conjunto heterogéneo de moedas, a mais nova das quais remonta ao reinado do rei dos kushana,Vasudeva I (século II d.C.), são o conteúdo de dois reservatórios considerados sagrados, onde se desenvolveu a tradição de atirar pequenas moedas como oferendas. A preponderância de moedas de pequenas denominações (drachmas em vez de tetradrachmas) que abrange um período cronológico de mais que 600 anos (século IV a.C. ao século II d.C.) neste tesouro são indicadores do próspero comércio que se deviam ter realizado entre a Índia e o Afeganistão.

As escavações realizadas pelo Delegation Archaeologique Francaise en Afghanistan em Ai Khanoum entre 1965 e 1978 revelaram os vestígios duma grande cidade dos grego-báctrios, que floresceu durante 150 anos. Provavelmente foi fundada em cerca de 280 a.C. e finalmente foi destruída pelos invasores nómadas em cerca de 145 a.C. Mais que mil moedas foram encontradas durante estas escavações. Tal como no tesouro de Mir Zakah, aqui também um grande número destas moedas (mais que 700) foram duma série com marca de punção. Além disso, encontraram-se também moedas dos reis selêucidas, grego-báctrios, indo-gregos e kushanas.
Destes numerosos numismáticos encontrados em Ai Khanoum, seis drachmas de Agatócles (180-170 a.C.) de Ai Khanoum são extraordinários. Pesando entre 2,328 e 3,305 gramas, estas moedas evidenciam duas figuras masculinas entre duas linhas verticais de uma legenda bilingue e escrito em dois caracteres. As figuras – uma no obverso e a outra no reverso – são idênticas em postura e trajes mas são ao mesmo tempo distintas pelos símbolos que têm nas mãos.
  (... continua) 
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®