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O Tauísmo - 1ª Parte

de Lubélia Travassos

em 16 Abr 2007

  (...anterior) Isto é, em vez de procurarem uma ocupação nas cortes dos príncipes feudais, preferiram retirar-se para a floresta e para as montanhas, para meditarem sobre a ordem da Natureza, assim como observarem as suas inumeráveis manifestações. A outra, proveniente dos Xamãs e dos mágicos que entraram em cena na cultura Chinesa ainda nos seus tempos primórdios.
O Tauísmo define-se por um certo número de princípios, que se dirigem tanto ao coração do homem como ao seu espírito.
A obra principal do Tauísmo denomina-se “Tao Te King” (O livro do Sentido da Vida), do grande Sábio Lao-Tzu, que segundo Joseph Needham é, «sem sombra de dúvida, o trabalho mais profundo e belo da língua Chinesa». Esta obra data de cerca do ano 300 a.C., altura em que Aristóteles já era idoso.

«Tau era a via da sociedade humana. Era a maneira como o Universo funcionava. “A ordem da Natureza” que dava origem a todas as coisas e governava os processos pacíficos de mudança».
Na verdade, o homem superior tem de imitar o Tau, que funciona de maneira invisível e que ele não pode dominar. Através da submissão e da não imposição dos seus preconceitos sobre a natureza, ele é capaz de compreender, assim como governar e controlar. A seguir surgem os benefícios, tanto a nível físico como mental, e deste modo muitos Tauístas viram a sua saúde melhorar, erigindo um corpo subtil, para seu uso depois da morte, assim como prolongando a sua vida através de uma dieta, da respiração controlada e de exercícios de Yoga (§).
Esta era a faceta mágica do Tauísmo, da qual se desenvolveu a Alquimia e eventualmente a Ciência.
Os Templos Tauístas são conhecidos por “Kuan”, que significa “olhar”, cujo ideograma é um pássaro parecido com uma garça. Por conseguinte “Kuan” está a observar o voo dos pássaros, a olhar para além do que é superficial, para a unidade com a Natureza e o Todo, tarefa que se associa com a segunda metade da vida, onde a auto-realização é uma meta a atingir.

Os Mestres Tauístas e os seus Ensinamentos

O grande Mestre Filósofo LAO-TZU, autor do “Tao-Te King” (a bíblia do Tau) exerceu, indiscutivelmente, uma grande influência na Filosofia Chinesa, assim como em toda a vida da China. Todavia, esta influência deu-se e desenvolveu-se de forma gradual. Foi na verdade considerado por muitos o pai do Tauísmo.
No entanto, se Lao-Tzu pode ser visto como o teórico do Tauísmo, cabe a Chuang-Tzu o mérito de ter tratado da sua vida mística. É evidente o seu génio literário, através de parábolas cheias de malícia e de graça, traçando de maneira existencial a realização do Tau. Podemos assim atribuir a paternidade do Tauísmo a Lao-Tzu e a Chuang-Tzu e, em menor grau, a Lie-Tzu.
Lao-Tzu é citado, por diversas vezes, como sendo o homem que Confúcio (§) procurou para se aconselhar. Na verdade, nas palestras de Confúcio deparamos com discussões de alguns pontos de vista de Lao-Tzu, que são concordantes em parte, e noutras modificadas.
Mong-Tzu representante do Confucionismo, entre o Século IV e o Século III a.C., nunca mencionou o nome de Lao-Tzu, embora tenha discutido de forma crítica, com vários dos seguidores daquele. Porém, mais tarde o mesmo aparece numa colectânea de anotações sobre os costumes da época de “Han”, que provêm de fontes mais antigas e de períodos diferentes, onde Lao-Tzu é citado como tendo exercido uma influência progressiva nos ensinamentos de Confúcio.

No que se refere à literatura Tauísta, como já se disse, a grande obra do Tauismo, de Lao-Tzu, foi o Tao-Te King. Todavia existem outras obras de pretensos discípulos de Lao-Tzu e de Kuan Yin Hsi, o guardião do desfiladeiro de “Hanku”, de quem se diz que Lao-Tzu lhe teria legado o Tao-Te King. No entanto, tais obras foram certamente produto de uma época posterior, tal como muitos outros escritos, por exemplo na forma de “sūtras budistas”, que citam como autores Lao-Tzu ou Lao Kun.
De qualquer modo, Lao-Tzu foi um dos grandes sábios do ocultismo, que tiveram um papel preponderante na história da vida de Confúcio, e em especial no fim desta. Os conceitos de Lao-Tzu foram amplamente difundidos naqueles círculos, embora essas ideias não tivessem surgido pela primeira vez naquela época.
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