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A Civilização Moderna e o seu dilema Cultural e Religioso

de Pratap Chandra Chunder

em 26 Abr 2007

  (...anterior) Os volumes das séries de Havelock Ellis “ Psicologia do Sexo” foram excluídos; a Bíblia Ilustrada de G W Foot e La Bible Amusante de Leo Taxirs foram enterradas sem registo e as imagens de objectos indecentes descobertos em Pompeia e valiosos livros de folclore grego não foram catalogados para que o público não os pudesse receber» (Sex Problem in Modern Society, ed. McDermott, Modern Library, p.376).
Não preciso enumerar quantos livros e trabalhos de arte foram queimados, quantos lugares de culto foram demolidos e destruídos por religiosos fanáticos de todas as denominações. Existe uma vasta tendência entre todas as culturas dominantes para sorverem culturas subservientes e, do centralismo, para reprimir o individualismo.

Reacção
Mas o iniciar da reacção e o surgir do etnicismo, conservadorismo e fundamentalismo criam defesas contra a cultura da dizimação. O processo de defesa pode adoptar uma linha pacífica ou violenta. Num artigo recente “ Guerra ao Terror”, Vladimir Inozemtsev, um editor russo, escreve abertamente, «em muitos aspectos o terrorismo moderno é uma resposta dos países pobres ao avanço do ocidente. Não é tanto da agressão directa que o mundo muçulmano se está a libertar, mas da persistente penetração dos valores ocidentais no seu ambiente cultural e histórico» (The Statesman, 14 de Setembro 2005). O centralismo soviético já colapsou na Rússia e seus países satélites devido às contradicções internas. Os comunistas chineses, de alguma forma, salvam a sua regra adoptando um compromisso através do mercado económico socialista. Muitas outras sociedades ou comunidades salvam a sua cultura retraindo-se nas suas conchas. Alguns estão a proclamar as suas exigências pelas suas línguas, (como o Bangladesh ao retirar-se do Pakistão) ou separam as suas identidades culturais (como os militantes Tamil lutaram no Sri Lanka), etc.

Noutro lado a cena é pacífica e existe uma cultura de dar e tomar. Por exemplo, no campo da arte moderna, as gravuras japonesas influenciaram Matisse, as esculturas africanas, Picasso e Braque, a Ilhas do Mar do Sul, Paul Gaugin, e por aí adiante. Na literatura James Mitchener trouxe os seus materiais do Havai, Sommerset Maugham das ilhas da Polinésia. Bankim Chandra Chatterjee escreveu as suas novelas baseadas no modelo inglês. Na música, Tagore (§) baseou-se para compôr algumas das suas canções nos tons do oeste; o jazz americano vem dos ritmos africanos, as músicas pop e danças disco, dos elementos folclóricos. A televisão, a internet, o vídeo e as tecnologias modernas que existem na expansão do conhecimento, desempenham um papel dual. Por um lado, divulgam a cultura da populaça e por outro, impõem a cultura de marca internacional. Nesta mistura induzida pelo choque de culturas a Organização das Nações Unidas e sua agência UNESCO jogam um papel principal. Como Ministro da Educação Segurança Social e Cultura na União estive presente numa reunião da UNESCO em Paris e presidi à conferência de Educação Internacional organizada em Genebra. Sei o quanto a UNESCO se preocupa quanto à necessidade de envolvimento do mundo na educação básica, realizando seminários, traduções, intercâmbio de programas, exibições, etc, para se conseguir atingir a compreensão internacional entre diversos países e sociedades. Um ideal básico da unidade mundial cultural, sem detrimento da diversidade cultural, está a emergir gradualmente. A UNESCO apoia e financia os Centros de Patrimónios Mundiais; há uma série de actividades de natureza construtiva apoiadas pela UNESCO; alguns estados organizam programas de intercâmbio cultural e enviam delegações culturais que defendem a paz e geram boa vontade entre as nações. Todos estes passos são bem-vindos. São muito superiores às contendas e conflitos baseados em antagonismos culturais.

Contudo, o choque cultural e a camaradagem andam para cima e para baixo, como um baloiço.
Arnold Toynbee aceitou as religiões como “uma componente da cultura“ e discutiu de forma elaborada este ponto de vista no seu “A Study of History” (vol.12 pp.76ff). Religião é difícil de definir.
  (... continua) 
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