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A Angélica e os Óleos Essenciais

de Eduardo Novo

em 21 Mai 2007

  (...anterior) A primeira, aquela em que, o homem utilizou as plantas tal e qual no seu estado primário sobre a forma de infusões e decocções. A segunda, aquela em que as plantas aromáticas eram queimadas ou utilizadas em infusão ou maceração em óleo vegetal. Nesta época existia, a noção de actividade ligada à substância odorante. Durante a terceira época manifesta-se a investigação sobre a extracção dessa substância odorante. Nasce assim, o conceito de óleo essencial que induz à criação e ao desenvolvimento da destilação. Por fim, o período actual, no qual intervém o conhecimento dos constituintes químicos dos óleos essenciais, explicando as actividades físicas, químicas, bioquímicas, terapêuticas e electrónicas dos aromas vegetais.

Os três grandes berços da civilização aromática, a Índia, a China e a bacia mediterrânea legaram-nos os procedimentos e conhecimentos que ainda hoje se nos demonstram válidos. Um alambique em barro foi descoberto no Paquistão remontando a 5000 anos antes da nossa era (Franchomme, 1990), mas foi no Egipto (§), entre 3000 e 2000 a.C., época em que era utilizado um processo rudimentar de destilação, que o uso das plantas aromáticas teve um desenvolvimento crucial. Os Persas, 1000 anos antes da nossa era, parecem ter sido os "inventores" da destilação propriamente dita. Abdalá Ibn Sinâ (980-1037) conhecido como Avicena, célebre médico e filósofo iraniano, mais tarde cognominado o Príncipe dos médicos, melhora a técnica e produz o primeiro óleo essencial puro, utilizando a Rosa centifolia.

Os Gregos fizeram um largo consumo de substâncias odorantes naturais e diversas obras foram escritas para louvar e elogiar as suas propriedades, indicando as melhores regiões de produção. Hipócrates, "o pai da Medicina" indica, nos aforismos que lhe são atribuídos, a utilidade dos banhos aromáticos no que respeita ao tratamento das doenças da mulher. Em Atenas luta contra as epidemias, particularmente a peste que assola a cidade, fazendo queimar alfazema, alecrim, hissopo e muitas outras plantas aromáticas. Mais tarde desenvolve-se uma utilização mais sistemática dos aromas na Grécia, principalmente sobre a forma de massagem. Teofrasto, autor do "tratado dos odores", frisa o interesse terapêutico dos perfumes e observa os princípios fundamentais de acção dos óleos essenciais sobre os órgãos internos, chegando mesmo a indicar os perfumes convenientes a cada parte do corpo da mulher, para enaltecer a sua beleza.
Pédanius Dioscórides redige, no primeiro século da nossa era, uma obra de fitoterapia, contendo numerosas plantas aromáticas. Este livro constituirá uma referencia para toda a medicina ocidental durante um milénio. Origanum majorana e outros Origanum, Thymus serpyllum e outros Thymus, Rosa damascena, Ocimum basilicum, etc., eram conhecidos e correntemente utilizados nessa época.

Os Romanos legaram-nos o conhecimento das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais, transmitidas e "refinadas" desde Dioscórides.
Por sua vez os Árabes permitiram um melhoramento considerável da química e da destilação. Eles produziram variados perfumes, particularmente em Damas.
A importância da utilização de especiarias e extractos aromáticos no ocidente desde a idade média, deve-se sem dúvida em grande parte às cruzadas que permitiram aos cruzados disseminarem a arte da destilação. De facto a tradição alquímica, integrando a distilação, estava deveras enraizada em país muçulmano. Os melhores estudos da época sobre plantas aromáticas são realizados por alquimistas, praticando uma livre investigação e aprofundando os conhecimentos legados pelos antigos.
No fim do séc. XVI, começo do séc. XVII, mais de 100 óleos essenciais são utilizados para tratar problemas precisos com base no conhecimento desenvolvido. É igualmente nesta época que se desenvolve a produção de águas florais das quais algumas ainda hoje são comercializadas nos nossos dias, como é o caso da água de "Mélisse des Carmes", produzida por volta de 1600.
  (... continua) 


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