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Farid

de Spiritus Site

em 18 Jun 2007

  (...anterior) Também era o mestre espiritual do famoso xeque Nizamuddin Auliya de Delhy, cujo santuário é visitado por inumeráveis muçulmanos e indivíduos de outras seitas e terras que o honram e onde durante uma semana se realiza um urs ou congregação comemorativa todos os anos no dia do seu aniversário.
Os ślokas (hinos e outros versos) de Farid (§) foram transmitidos oralmente de uma geração à outra, até Guru Nanāk, o fundador da religião dos sikhs escolheu e cuidadosamente conservou 134 deles e passou-os ao Guru Angad. Foram incorporados no Aadi Granth, as escrituras dos sikhs, por Guru Arjun Dev em 1604 d.C. e, assim, ficaram santificados e imortalizados como baani, as escrituras sagradas dos sikhs. Os versos de Farid e uma dúzia de outros bardos e santos hindus e muçulmanos da Índia pertencentes à época antes de Guru Nanāk foram incluídos no Guru Granth Sahib porque enfatizaram os mesmos aspectos da vida espiritual que os gurus queriam que os sikhs inculcassem. A inclusão destes versos nas escrituras dos sikhs também mostra que os gurus dos sikhs atribuíram muito respeito a todas as principais religiões.

Os seguidores e admiradores de Farid encontram-se por todo o sub--continente indiano. A sua poesia, que escreveu principalmente na sua língua materna, Punjabi, no dialecto de Multan é cheia de misticismo e trata dos assuntos do corpo e da alma. Escrevia na linguagem popular em vez de em árabe e persa, as línguas dos eruditos. Numa idade assolada por ódio e rancor, trouxe uma mensagem de paz, boa vontade, humanismo e secularismo. A sua mensagem chama a atenção ainda hoje do coração dos homens do nosso tempo, absorvidos pelo materialismo e cinismo. A essência da filosofia de Farid reflecte-se num provérbio em persa, “Dil badast aawar keh haj-e-akbar ast” (Controle o seu coração, porque essa é a maior peregrinação). De facto, era o epítome da espiritualidade, que apoiou o universalismo, abraçou toda a humanidade e transcendeu os estreitos limites de religião e região.
Farid morreu em 1265 d.C. com a venerável idade de noventa e dois anos, depois de ter acabado as suas orações com grande devoção a Deus. Transformou-se numa instituição lendária mesmo durante a sua própria vida. Foi honrado por cento e um nomes diferentes, cada um dos quais significava uma característica especial ou um aspecto da sua extraordinária personalidade espiritual.

O Xeque Farid disse:
“Senhor procuro abrigo contigo; és o único que pode dar perdão. Concede ao Farid a caridade da tua devoção”.

“Farid, o amor de Deus e a avidez não são compatíveis. Com avidez o amor é impuro. Um amor destes é frágil como um tecto de palha cheio de buracos contra a chuva”.

“Que as tuas palavras sejam sempre verdadeiras e puras. Abandona tudo que seja falso. Que o discípulo siga o caminho do mestre”.

“Farid, imaginei que somente eu era infeliz; Vê, todo o mundo está nos braços da miséria; Vi isso do telhado da minha casa. O fogo não poupou nenhuma casa”.

“Farid, se és sábio, não falas mal de ninguém. Olha dentro de ti próprio, e encontrarás tudo que é mau aí”.

Por Cortesia da Revista India Perspectives.
   
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