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324 Dias na Índia

de Rui Pereira

em 28 Dez 2007

  (...anterior) Quando digo isto digo-o no mesmo sentido que vem na Bhagavad Gītā (§): «Tal como permanece (sempre) cheio e dentro de imutáveis limites o oceano ao qual, todavia, as águas não cessam de afluir, do mesmo modo, aquele no qual refluíam todos os desejos obtém a paz suprema, mas não aquele que alimenta desejo após desejo». Sei que pode ser um pouco mal interpretado quando se lê “desejo após desejo”. A questão aqui é ao querer pôr determinados ensinamentos em prática inevitavelmente venho a colidir com os meus hábitos do passado, aos quais, a mente se agarra, resistindo fortemente à mudança, vindo a constatar uma grande dificuldade de mudar estes padrões! Por exemplo, ao meditar, quão forte é a reacção da mente e corpo em resistência, quando pretendo meditar durante períodos um pouco mais prolongados! A mente e as suas oscilações e um corpo que ao fim de algum tempo parece ser uma espécie de destroços de guerra, onde todas as mazelas, todas as dores aparecem. Dizia Swāmiji: “Dor física; quando vocês se sentarem em meditação; joelhos irão doer, os ombros também, tudo irá doer, toda a dor do mundo parece vir quando queremos meditar. Quando vocês se forem divertir, não haverá dor em lado algum! Querem meditar, toda a dor virá. Há que suportar a dor, pelo menos um pouco. Aprende a suportar a dor!” Velhas estruturas têm obrigatoriamente de ser abandonadas e novas têm de ser criadas. Firmeza é necessária, novos aliados precisam-se... Mas ainda assim quão difícil é! E por vezes “coisitas” que parecem tão pouco significativas, o quão enraizadas estão! Relacionado com esta temática Swāmiji transmitia alguns pensamentos encorajadores: «Aprende com as situações desagradáveis». «Mesmo que todos me rejeitem, eu não me rejeito a mim próprio!», «Por cada vez que uma porta se fecha, dez irão abrir-se. Com essa atitude devemos olhar em frente, sem olhar para trás».
Este texto já vai longo... Contudo, há mais algumas ideias que quero referir, antes de dar por terminada esta viagem pelas Índias...

Dizia Swāmiji:- «O que acontece quando determinado ensinamento vai passando de geração em geração? Ao fim de poucas gerações torna-se oposto àquilo que era inicialmente, como aconteceu com Buddha (§), Mestre Jesus, Maomé (§)...».
Continuava:- «Todas as sociedades devem ter um método, onde seja possível, rever os ensinamentos que foram transformados, mal interpretados, torcidos, ‘torturados’, tornando-se absolutamente estéreis; acabando no oposto ao que fora ensinado pelo mestre. Um método onde os ensinamentos sejam revistos e revivificados, torna-se assim necessário. Uma atitude de questionamento deve ser mantida. As sociedades que param este processo bloqueiam o seu próprio crescimento espiritual». Acrescentava: -«A cultura Indiana está aberta a questionar os antigos ensinamentos». Parece que esta atitude de questionamento foi realmente incorporada na cultura Indiana! Quem visitou a Índia sabe bem do que falo. Vários são os ensinamentos sagrados, em forma de diálogo entre devoto e Divindade, ou discípulo e mestre, onde o devoto tem por seu melhor amigo a própria Divindade! É precisamente essa a atitude de questionamento directo de Arjuna para com Kṛṣṇa.
Finalizou dizendo: -«Devem sempre aprender a questionar».
Acerca de uma “história”, que sempre me pareceu muito mal contada, não seria coerente comigo se não partilhasse este último trecho, acerca de um dos maiores símbolos da nossa cultura: Maria Madalena.
Dizia Swāmiji: «Jesus, Tu és o único salvador do mundo!» É o que a igreja nos diz. «Jesus és o único filho de Deus! Não há outro filho de Deus! Nunca poderá haver uma filha de Deus! Só um filho de Deus! Um único salvador!». É esse o discurso da igreja. E no momento seguinte, a mulher mais próxima do coração de Jesus é uma prostituta!(!!!) Conseguem vocês compreender? Pensem um pouco...
Jesus é o salvador, o filho de Deus, mas a mulher mais próxima do seu coração é uma prostituta. Isto foi o que aconteceu durante 2000 anos! Uma das melhores jóias da vossa cultura foi deitada abaixo!
LEVANTEM-NA!

Digam ao Papa para mudar. O Papa pode ser aconselhado um pouco. Se não o fizer criem vocês as vossas próprias Igrejas.
  (... continua) 


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