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324 Dias na Índia

de Rui Pereira

em 28 Dez 2007

  (...anterior) Assim, deu-se início a mais uma aventura, onde fui aonde queria, e depois, aonde ele queria, passando por lojas de tapetes, artesanato, pedras preciosas... Onde, depois de se já lá estar dentro, entre o chá que é oferecido e o “poder negocial Indiano”, dizer-se que estamos ali só para ver, não parece fazer muito sentido. Um pouco contrariado lá comprei umas coisas bem leves, pois tinha de as carregar nas minhas viagens. Todas estas interacções acontecem como se fossemos apresentados por um amigo comum! Nunca me perguntaram tantas vezes o nome, de onde vinha, para onde ia, (...) como na Índia! Mas com o tempo apercebemo-nos de que tudo isto é normal. Para finalizar o passeio, acabei por convidar o dito condutor do emblemático riquexó para um refresco natural, tendo como cenário as típicas “redes de pesca chinesas” do Kerala, com um belo pôr-do-sol como fundo. Tudo Normal.
A alimentação também tem as suas características específicas, que se por um lado é um oásis para vegetarianos, por outro, vários cuidados são necessários, como por exemplo, em relação ao consumo de condimentos, em especial os picantes, que impressionam o mais ousado dos Ocidentais.

O itinerário escolhido teve em consideração as alterações climatéricas que se fazem sentir, escolhendo o sul da Índia no Inverno, para ir subindo em direcção aos Himalaias à medida que as temperaturas se fossem elevando.
Se a componente cultural inevitavelmente fazia parte desta viagem, já a componente espiritual necessitava de uma busca um pouco mais cuidada.
Em Puna contactei o Osho Āśram. Neste espaço, com elevada presença de Ocidentais, participei de algumas actividades,
Desci até Goa, onde fiquei com a sensação de que muito ficou por escrever nos compêndios da história. Se por um lado existiram aspectos positivos neste primeiro passo dado pelos Portugueses quinhentistas para este que parece ser o processo inevitável da globalização, também parece, que aspectos importantes ficaram por contar, como o da destruição de muitos templos Hindus, ou das ditas conversões à força, com as mais variadas consequências na vida das populações locais. Poucos falam o Português, e os que o falam, vê-se que há muito não o praticam. Foi interessante de ver, um grupo de Goeses, que se juntaram na mesma residência onde me encontrava em Cabo de Rāma, a Sul de Goa, a cantarem músicas Portuguesas. Espanto ainda maior fora ao ouvi-los cantar o hino nacional Português! Serão estas, memórias de um passado ou a nostalgia de um futuro? A relação entre estes dois países, tirando algumas iniciativas pontuais, parece praticamente inexistente. O que existe da cultura portuguesa é o que foi deixada pelos Portugueses de há 500 anos. No entanto, espaço não parece faltar, para um profundo encontro entre estas duas culturas. Parece-me mais do que nunca fazer sentido, um reconhecimento não unilateral, mas mútuo. Se existe um país que possa espelhar de algum modo o reflexo da “Alma Portuguesa” não será Índia? Contudo, isto é só uma mera observação...
Uma breve passagem por Karnataka, leva-me a Gokarna, cidade sagrada para Hindus, banhada por tranquilas praias sem que a força do turismo tivesse desvirtuado a autenticidade do local. Foi aqui que tive o prazer de conhecer, um pouco mais a fundo, a cultura Hindu e de entrar em vários templos, com um privilégio especial de ter sido acompanhado por alguém que conhecia bem o local e ainda por cima em Português! Muito agradável!...

O Kerala é o estado mais a Sul do lado Ocidental da Índia, que por essa mesma característica, sempre foi um ponto importante de navegação e comércio durante muitos séculos. Terá sido aqui que S. Tomé terá contactado pela primeira vez a Índia deixando sinais dessa passagem que perduraram até aos nossos dias...
Vasco da Gama por aqui passou várias vezes e aqui estivera sepultado antes de ser trasladado para os Jerónimos. É neste mesmo estado que fica o famoso Āśram de Ammāji, ou “Hugging mother” (“Mãe (§) que abraça”). Acerca de Ammāji falarei um pouco à frente, aquando da passagem por Calcutá.
  (... continua) 


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