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As Quatro Nobres Verdades

de Ajahn Sumedho

em 26 Jun 2008

  (...anterior)
Eu estava a começar a ter uma reacção extrema. E ali ficava, sentado, sentindo-me miseravelmente zangado. Olhava para os monges e pensava, “Que gente tão estúpida. Não sei o que estou aqui a fazer”.
Mas então comecei a reflectir; “É mesmo desagradável estar neste estado de espírito. Será que isto é mesmo algo para me deixar assim tão zangado? Ninguém me obrigou a fazer tal coisa, está tudo bem; não há nada de errado com trinta homens a lavarem os pés a outro. Não é imoral, nem mau comportamento e talvez eles não se importem; talvez eles o queiram fazer, talvez não haja problema nenhum...Talvez eu devesse fazê-lo!”. E assim na manhã seguinte, trinta e um monges se apressaram a lavar os pés do Ajahn Chah. Depois disto deixou de haver qualquer problema. Senti-me mesmo bem: Aquela coisa má em mim tinha cessado.
Podemos reflectir sobre estas coisas que nos causam indignação e raiva; existe algo de verdadeiramente errado nelas ou são apenas coisas sobre as quais criamos dukkha? Desta forma, começamos a perceber os problemas que criamos nas nossas vidas e nas vidas das pessoas à nossa volta.
Com plena atenção, estamos dispostos a suportar tudo o que a vida nos dá; a excitação e o aborrecimento, a esperança e o desespero, o prazer e a dor, o fascínio e a fadiga, o princípio e o fim, o nascimento e a morte. Dispomo-nos a aceitar tudo na mente em vez de apenas absorver o que nos é agradável e suprimir o que é desagradável. O processo que conduz à sabedoria passa por dukkha, observando, aceitando e reconhecendo dukkha em todas as suas formas. Então deixa-se naturalmente de reagir da forma que é habitual, sendo indulgente na satisfação de todos os desejos ou suprimindo-os. E por essa razão, consegue-se suportar melhor o sofrimento, sendo mais paciente para com ele.
Estes ensinamentos são exteriores à nossa experiência pessoal. Eles são, de facto, reflexões da nossa verdadeira experiência e não complicadas questões intelectuais. Assim, há que pôr energia no seu desenvolvimento e não ficar encalhado na rotina habitual. Quantas vezes, é que se têm de se sentir culpados por causa do aborto que fizeram, ou dos erros que cometeram no passado? Será que têm de passar todo o teu tempo, a regurgitar as coisas que aconteceram na vida e a entregarem-se a infinitas especulações e análises? Algumas pessoas tornam-se personalidades complicadas. Se apenas se entregarem às memórias, pontos de vista e opiniões, ficarão para sempre prisioneiros do mundo, e jamais, de forma alguma, o transcenderão.
Podem abandonar este pesado fardo se estiverem dispostos a utilizar os ensinamentos com perícia. Digam a vós próprios: “Não me vou envolver mais nisto; Recuso-me a participar neste jogo. Não me vou deixar levar mais por este estado de espírito”. Comecem a colocar-se na posição de quem sabe: “Sei que isto é dukkha; dukkha existe”. É muito importante que tomem a resolução de ir ao encontro do sofrimento e que depois o tolerem. Somente examinando e confrontando o sofrimento deste modo é que podemos esperar ter um grande momento de clareza: “Este sofrimento foi compreendido”.
Estes são os três aspectos da Primeira Nobre Verdade. Esta é a fórmula que temos de usar e aplicar na reflexão sobre as nossas vidas. Sempre que sentirem sofrimento, reconheçam-no primeiro “O sofrimento existe”, depois “Ele deve ser compreendido” e finalmente “Ele foi compreendido”. Este entendimento do dukkha é a realização clara da Primeira Nobre Verdade.
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٭Para explicação de termos assinalados com٭ ver glossário

A Segunda Nobre Verdade

O que é a Nobre Verdade da Origem do Sofrimento? É o desejo que renova a existência e é acompanhado pela cobiça e prazer, cobiçando isto e aquilo: ou seja, desejo pelos prazeres sensoriais, desejo por ser, desejo por não ser. Mas onde nasce e floresce este desejo? Onde quer que exista algo adorável e gratificante, ai ele nasce e floresce.
  (... continua) 


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