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Mosteiro Budista
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Viver em Amarāvatī

de Rosário Simões

em 06 Ago 2008

  (...anterior) O Buddha De um lado sentam-se os monges, do outro as monjas e de frente para ambos a comunidade leiga. Em cima de um balcão estendem-se os diversos alimentos, que os leigos, em ritual simbólico, oferecem aos monges.
Depois, às cinco, é a hora do chá e às 19,30 o pūja da noite.
Aos fins-de-semana há actividades durante a tarde – palestras de Dhamma, workshops de meditação, encontros. Durante a semana todo o período da tarde é inteiramente livre, ocupando-o cada um como entende. Além de meditar no templo ou andar pelo Stūpa, aconselham-se as caminhadas pelos campos e bosques em volta. É essa a Tradição da Floresta tailandesa, que Ajhan Sumedho levou para Inglaterra depois de praticar vários anos na Tailândia com Ajhan Chah.

Viver aqui e agora

Seja o que for que se faça, em Amarāvatī está-se sempre a meditar. O convite é a que vivamos “aqui e agora”, com consciência plena daquilo que estamos a fazer e a sentir. Que observemos o que se está a passar em nós, sem nos envolvermos, aceitando o que vem.
É tão simples. Hoje não consigo perceber como nunca tinha entendido esse convite. Há quatro anos que faço meditação, não acredito que nunca me tivessem dito que o mais importante a fazer é observar, de forma atenta, o que se passa em mim, para poder ter a liberdade de dizer que sim ou que não aos meus impulsos, para poder sentir sem me deixar envolver e levar, para descobrir quem sou, para me aceitar e, por aí, vir a aceitar o mundo em volta, e para um dia, lá mais para a frente, alcançar um nível estável de paz e felicidade interior. Foi necessário viajar mais de duas horas de avião e respirar o ar puro de Amarāvatī para perceber que não tenho que fazer nada de estranho nem de difícil, tenho só que me centrar em mim – em vez de me centrar nos outros –, no que está de facto a acontecer aqui e agora e deixar fluir, livremente; deixar-me ser. Depois, ajudada pelos cinco preceitos – não retirar a vida a nenhum ser sensível, não tirar aquilo que não me é dado, não praticar conduta sexual imprópria, abster-me de consumir bebidas ou drogas intoxicantes, não usar a fala incorrectamente – decidir o que devo e não devo fazer, ou muito simplesmente ver o que acontece às emoções, aos sentimentos, às sensações: ver que tudo passa, que tudo é impermanente - “anitcha”!

As pessoas são fantásticas. Todas. São lindas, sorriem, são boas, abertas, receptivas, amigas.

O Nobre Silêncio é um preceito de conduta. Não é obrigatório o silêncio mas sugere-se que só falemos quando temos algo de útil para dizer. Esse silêncio auxilia preciosamente a esse virar para o interior, que acaba por ser o veículo para a abertura para o exterior, já que através desse amor nascente por nós próprios e dessa abertura para nós, acabamos por nos abrir também ao mundo. Então, as palavras são as necessárias, mas sempre ornadas por um sorriso e pelo coração aberto, pela disponibilidade para ouvir.
Sempre que precisei ouvi as palavras certas. Nunca as pedi, mas elas vieram ter comigo. Sempre que precisei tive com quem falar e quando achei que precisava mas não houve a conversa, descobri por mim o caminho. E é disso que se trata: a nossa não dependência dos outros; a felicidade, a paz, o amor, a auto-estima, o caminho residem dentro de nós, é preciso que os encontremos e temos que ser nós a encontrá-los, ninguém o pode fazer por nós próprios.
Tudo em Amarāvatī é oferecido (dana). Os leigos oferecem alimentos, dinheiro, trabalho. Os monges oferecem Dhamma – através das palestras, dos livros, dos CDs, do site, das newsletters, do espaço e da sua própria presença inspiradora. A única moeda que existe chama-se amor.

Portugueses em Amarāvatī

No mosteiro há um imenso leque de nacionalidades e uma das mais representadas é a portuguesa, através de três monges e de uma noviça. À boa (mesmo boa) maneira de Portugal, fizeram tudo para que me sentisse bem, e senti!
  (... continua) 
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