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As Escolas Védicas

de Kumud Mohan

em 13 Nov 2008

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A admissão no Vedarsh Mahāvidyālaya é formalizada coma cerimónia do fio sagrado para comemorar o início da educação védica. Essa cerimónia é um factor igual para todos, independentemente das suas origens. A primeira lição é sobre a simplicidade, auto-suficiência e auto-controlo na vivência duma comunidade. Há dez casas de banho que são partilhadas por todos os 250 alunos. O āśrama tem as suas próprias vacas. As refeições são satvik ou simples, com leite, trigo, pão, lentilhas, legumes e arroz com especiarias saudáveis como o gengibre e cravos em vez dos tamsik cebolas e alho (que, segundo as crenças tradicionais, estimulam os desejos carnais). Uma ou duas vezes por semana há fruta e iogurte e as iguarias fritas aparecem duas ou três vezes por mês (quando a instituição recebe doações).
Os alunos e professores comem as mesmas refeições, lavam as suas próprias roupas, dormem no chão e seguem o mesmo horário intensivo que começa às 4horas da manhã e acaba às 22 horas, seis dias por semana. No sétimo dia, domingo, a única concessão é que a educação formal é substituída por desportos tradicionais para treinar o corpo que incluem jogos como kabbadi (jogo de equipa que utiliza tanto o corpo como a mente), a luta greco-romana e a luta de tracção.

A longo prazo, parece que esse regime rígido penetra as almas dos alunos. As regras Vidyālaya declaram claramente que o contacto (não necessário) com forasteiros, interfere com o crescimento e o desenvolvimento dos estudantes e por isso, não é permitido. Uma vez que o ano académico começa, não há férias para além das férias anuais de Verão, dum mês. Às vezes os alunos podem falar ao telefone no seu tempo livre, depende das necessidades individuais. Além disso, não podem comunicar com o mundo lá fora nem por cartas – se não for com a licença das autoridades.
Todavia, nem tudo dessa simplicidade frugal é bem aceite. O mundan ou rapar os cabelos regularmente, por exemplo, é um ritual que no fundo, todos os alunos não gostam (porque os distingue dos outros jovens lá fora), mas eles não ousam protestar. Regras são regras afinal, e todos sabiam as regras quando entraram.
«Não encorajamos e não permitimos os castigos físicos de qualquer espécie no Vidyālaya», explica Pradhanacharya Haridev, o reitor. «Acreditamos em ahimsa ou não-violência. Em qualquer caso, os castigos físicos iam resultar em ressentimentos e reforçar o problema, em vez de corrigir a criança. Normalmente mostramos as consequências do aluno a ele mesmo e encorajamo-lo a pensar sobre isso. Uma vez convencido do seu erro, ele mesmo decide o seu próprio castigo».
A Mahāvidyālaya também produziu campeões ao nível nacional e internacional no campo do Yoga (§). No mundo académico também os alunos revelam-se mais brilhantes que os estudantes de outras universidades. Durante os últimos quinze anos, nove dos seus alunos ganharam medalhas de ouro nos exames da Universidade de Delhi depois de se licenciarem.

«Os nossos alunos entram em universidades normais mais tarde para melhorar as suas possibilidades de emprego», esclarece o Dr. Surya Narain Nanda, que obteve o seu doutoramento da Universidade de Delhi. Nanda é o pivot das notícias em sânscrito na televisão e já ensina desde há quatro anos. «Aliás, o curriculum aqui é muito mais difícil que nas outras universidades», diz.
Dos cerca de 20 shastris e achāryas que concluem os seus estudos no Vedarsh Mahāvidyālaya todos os anos, muitos se tornaram escritores, investigadores e professores. Alguns aperfeiçoam a arte de mantroccharana ou tradição oral de recitar os Vedas. Outros são purohits (sacerdotes) que fazem cerimónias religiosas como no caso dos nascimentos e casamentos. E ainda outros se tornam numa espécie de missionários, estabelecendo escolas védicas na Índia e no estrangeiro.

Cortesia da Revista Indian Perspectives
   
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