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Sistemas, tem a finalidade de contribuir para a divulgação das linhas de pensamento dentro das várias Religiões e Filosofias de todo o mundo, na compreensão de que todas partilham afinal uma linguagem comum.

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O Ensinamento do Buddha

de Edmond Székeley

em 31 Jan 2009

  "O Budismo é uma noção dinâmica da vida e da existência, sem formas definitivas estáticas, rígidas ou fixas. Não há nada de definitivo nem rígido, existe circulação eterna de tudo o que existe, e a individualidade está também sujeita a esta mudança dinâmica constante. A noção fundamental do Buddha jaz precisamente nisto, que a individualidade, a separação de uma parte da vida da vida universal, é somente ilusão. A individualidade é a ilusão e a decepção superficial dos nossos sentidos, pois que só uma unidade dinâmica de existência sem fim nem limites existe. Tudo o que existe não existe, mas aparece e desaparece".

Introdução

Apresentamos a tradução de um texto de Edmond Székley sobre “O Ensinamento do Buddha (§)”, que esperamos de alguma forma possa inspirar o despertar para uma outra perspectiva no caminho do ser humano, na descoberta dessa verdadeira essência e sustentabilidade interior. Uma descoberta e atenção fundamental para que um novo empreendimento possa nascer ao nível individual, num tempo em que a verdadeira economia já não pode advir do exterior, nem depender do poder capital ou da sujeição ao trabalho como factores que dilaceram um mundo sujeitado a extremos. Deve sim, assentar numa cooperação mútua e voluntária que independentemente de políticas, religião e autocracia, ultrapassará a cegueira social e se fundará na riqueza de uma nova temperança e vontade, em espírito e responsabilidade individual dos recursos interiores, por entre as comunidades. Valorize-se e conheça-se então o poder que jaz aqui e agora, seja num país, num indivíduo ou no caminho a escolher e a discernir na forja de uma consciência superior.
Introdução e tradução de Bhikkhu Dhammiko

De Edmond Székeley

Este texto diz respeito ao ensinamento do Buddha, com especial referência à doutrina da reencarnação. Sinto-me feliz pela oportunidade de falar sobre este assunto, uma vez que os ensinamentos do Buddha exerceram uma grande influência na humanidade ao longo de todo o percurso da história universal, e um terço da humanidade é seguidora dos preceitos do Buddha. Sinto-me também feliz por falar acerca das noções do Buddha, uma vez que têm sido tão imperfeitamente compreendidas e deficientemente interpretadas, especialmente no mundo ocidental.

Antes de falar sobre Buddha – O Iluminado – devo primeiramente prestar homenagem ao homem que descobriu a língua e a literatura Tibetana, tendo este providenciado um conhecimento positivo sobre Buddha ao Mundo Ocidental. Um pouco mais de um século atrás surgiu o único dicionário completo em língua Inglesa – Tibetana; a primeira e única gramática da língua Tibetana; e um terceiro trabalho chamado “Pesquisas Asiáticas”. Nestes trabalhos fundamentais baseiam-se todas as pesquisas feitas acerca do Buddha e da literatura Tibetana. O autor destes trabalhos foi Csoma de Körös, um viajante e filologista da Transilvânia que foi o primeiro homem da Europa a ser iniciado na literatura Tibetana e no Budismo. Este homem extraordinário que foi professor de filologia numa pequena cidade da Transilvânia, um certo dia pegou numa cópia dos Evangelhos que pôs no bolso e com um bastão na mão virou-se para os seus amigos e disse: “Vou-me embora para o Tibete”. Perguntaram-lhe como chegaria ao Tibete, não tendo ele conhecimento nem dos idiomas nem dos sítios de passagem a caminho do Tibete, e sem sequer ter dinheiro para essa longa viagem.

Viajar a pé do centro da Europa para o Tibete à cem anos atrás, não foi uma coisa simples e levou alguns anos. O caminho viandante delineou-se pela Grécia, Ásia Menor, Cáucaso, Pérsia, Mesopotâmia, o elevado Planalto de Pamir, Índia e por entre os Himālayas (§), por onde desceu até ao Tibete. Revoluções e guerras depararam-se-lhe no caminho; foi diversas vezes atacado por bandidos e arrasado pela doença; muitas vezes foi preso como espião; mas finalmente com o bastão na sua mão, como ele dizia, para suportar o seu corpo cansado, e os evangelhos no seu bolso, para suportar o seu espírito cansado, chegou ao Tibete.

Depois seguiram-se alguns anos de estudo profundo. Os Lamas do Tibete, que naquele tempo eram os únicos e perfeitos possuidores da língua, da literatura e das obras-primas do Budismo Tibetano, ao início receberam o visitante europeu com suspeita, mas aos poucos este estranho estrangeiro foi conquistando as suas simpatias. Repararam que se tinham passado muitos dias sem que ele comesse ou dormisse, ao mesmo tempo que ponderava sobre as folhas amarelas e textos antigos, estudando-os à luz do Sol e da Lua.
  (... continua) 


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