Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Introdução
Sistemas Religiosos e Filosóficos
Agenda
Notícias
Loja
Directório
Pesquisa
Marco Histórico §
Guia de Sânscrito
NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
pág. 13 de 18
Portugal – Que missão!

de Eurico Ribeiro

em 13 Abr 2009

  (...anterior) Deverão ser criados mecanismos alavancadores das tradições populares como as indústrias do turismo (seja ele rural ou ecológico ou ainda de saúde e bem estar), dos conteúdos de audiovisuais ou multimédia e ainda o financiamento de associações culturais regionais que potenciem o trabalho de inúmeras pessoas de “boa vontade”, muitas delas pensionistas, que ao serviço das suas comunidades tudo fazem para reviver as tradições culturais onde o Sagrado ainda se encontra protegido. O governo poderá e deverá ainda potenciar o trabalho destas associações com as indústrias de turismo e multimédia a fim de lhes conceder a sustentabilidade sem necessidade da dependência do subsídio estatal.
Deverão ser postos em funcionamento planos de acção, ao nível dos conteúdos audiovisuais e das escolas que permitam a elevação da consciência das populações, em especial das novas gerações, através da restauração dos princípios tão benéficos como a fraternidade e a solidariedade, sentimentos fortíssimos que por exemplo podem ainda ser sentidos de forma muito intensa nos Açores, onde nas festas do Espírito Santo, se verifica uma coesão impressionante da população à volta de uma tradição de uma enorme profundidade filosófica e emocional. O sentimento de corpo, de união e partilha fraternal, são bem patentes, tocando o mais insensível dos indivíduos.
Esta forma de tomada de consciência permite a protecção de um povo contra perigo dos novos “arautos dos valores” e "das reservas morais" que se arrogam detentores da verdade e que numa época de dissolução dos princípios e de crise estrutural corremos o risco de ver culminar num regime autocrático. Aliás foram momentos como este que serviram de esteira aos piores ditadores do passado.
Encontramo-nos em final de um ciclo civilizacional e do ponto de vista da preservação da “espécie Humana” temos como sempre duas saídas, a da elevação das consciências num alinhamento superior ao Sagrado, que significa a aceitação do erro e a vontade expressa de mudança – esta é a Via construtiva do Amor; e a Via disruptiva da Dor que se caracteriza pelo extremar de posições à medida que se vão dando inúmeras rupturas ao nível do tecido social por ineficácia dos variados paliativos que se vão introduzindo. No final só funcionarão os métodos correctivos que como sempre só terão lugar debaixo de um “punho de ferro” ” ou do bisturi do cirurgião. Cabe-nos a nós escolher o melhor caminho a bem da sobrevivência da Humanidade neste plano.
No plano concreto da forma, até se cumprirem os desígnios que as Leis Naturais irão ditar, e seguindo as alterações de paradigma social, teremos que saber desenhar e encetar estratégias que cubram os vários domínios de actividade e de desenvolvimento a fim de suportar a vida do homem com o mínimo do dignidade e de condições que lhe permitam a sua evolução, independentemente do nível moral e intelectual em que este se encontre.
A meu ver Portugal terá que rapidamente se tornar uma marca registada pelo seu escudo e pela sua bandeira com as suas cores. A sua personalidade agora em estado volátil terá que passar a conteúdo ou identidade caracterizada pela portugalidade (cultura, língua, história, gastronomia e vitivinicultura com zonas demarcadas, artesanato, monumentos, paisagem e mar). Com isto terá que se tornar num alfobre de produtos e serviços que a possa garantir como identidade própria numa sociedade actual caracterizada pelo mercado livre global. Terá que para ser conhecido, e por isso garantir a sua sobrevivência, saber-se vender nesse mercado, porque agora e no curto prazo vender é existir – “vendo logo existo”... E para vender tem que ser novidade. Terá que encetar actividades estratégicas que o dirijam nessa direcção, como por exemplo a utilização da CPLP como bolsa das marcas-nação da lusofonia. Se os corpos “estados” estão presos aos interesses e contingências dos acordos dos espaços económicos em que se encontram, o mesmo não se pode passar com as marcas-personalidade, que podem e devem resguardar a sua essência, levando-a até com mais facilidade aos quatro cantos do mundo, seguindo as mesmas Leis de Mercado. O mundo tem que voltar a conhecer Portugal, não como realidade menor, mas como identidade actual e passível de ser seguido.
  (... continua) 


[Pág. Anterior]  1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18  [Pág. Seguinte]
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®