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Portugal – Que missão!

de Eurico Ribeiro

em 13 Abr 2009

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Assim, a destruição da nossa paideia por dentro, por uma classe de portugueses “sem berço” ou por descendentes de ideologistas da ibéria, foi consumada do exterior através da Espanha que trouxe com ela a Igreja e a inquisição, pela França de Napoleão que trouxe o racionalismo redutor da época das Luzes, pela Inglaterra que desde o nosso empurrão ao seu início expansionista e colonialista (oferecido pela “ajuda” em Aljubarrota consumado pelo casamento do D. João I com Filipa de Lencastre em 1387), continuou pelo nefasto Tratado de Methuen (acordo comercial estabelecido entre Portugal e Inglaterra em 1703 que se traduziu numa relação desigual compensada pelo ouro do Brasil), passando ao nível das ideias pelo liberalismo constitucional, implantado sem a devida adaptação aos nossos usos e costumes e que por último se tentou aproveitar do estatuto de “Oldest Ally” após 1815 para tornar Portugal uma colónia de facto, aproveitando-se da circunstância da ingovernabilidade do país no período que se seguiu à derrota dos franceses. Por último a consanguinidade e a miscigenação estratégica das casas reais europeias vieram ainda a toldar ainda mais a nossa missão, enfraquecendo e condenando posteriormente os Braganças (Casa Real periférica e com perigo de afirmação contrária aos interesses mundiais que levaram aos dois grandes conflitos 1ª e 2ª Grande Guerra), as forças ocultas e desestabilizadoras por detrás da 1ª república – movimento que não reflectia os desejos do povo português na sua maioria alheio a tudo isso, os poderes mundiais materializados pelos EUA e URSS na instabilidade forçada que levou à independência antes do tempo das nossas colónias e finalmente a CEE/CE/EU numa sucessão ideológica subreptícia, culminando no perigo que mais uma vez se avizinha da dissolução total da identidade e independência de um povo milenar. Mais uma vez a sombra da perda de soberania nacional é consentida pela classe governativa seguidora do iberismo transferido agora por conveniência ao europeísmo.
Atrevo-me a pensar em suma que as forças destruturantes que se acercaram do nosso país desde 1535, se deveram ao facto da missão portuguesa se encontrar muito à frente da capacidade e mentalidade do mundo nessa época e adverso ao materialismo capitalista que se desenvolve alguns séculos depois. Era necessário travar os Portugueses, e a sua ideia do mundo unido, era necessário que depois de D. Manuel I (que apercebendo-se do fim, se apressa a registar para épocas mais propícias a missão portuguesa nos sólidos livros de pedra do manuelino), a missão nunca mais fosse restaurada, era necessário matá-la de vez, impedindo que D. Sebastião regressasse a casa… Era necessário em suma que o projecto Templário planeado pelo visionário São Bernardo de Claraval – o Porto do Graal (§) – soçobrasse de vez!
Deste modo é de todo necessário que as condições mundiais se deteriorem de tal modo que Portugal emerja da sua hibernação e volte a ser o centro do mundo material, porque se encontra no centro do “mapa mundi” (posição estratégica) e em esperança espiritual porque é o único país verdadeiramente universalista reflectido no seu povo amistoso e nas armas da sua bandeira: a propagação do Quinto Império sobre o Mundo!

Nota: Joaquim de Fiore (c. 1132 — 1202), também conhecido por Gioacchino da Fiore, Joaquim de Fiori, Joaquim, abade de Fiore ou Joaquim de Flora, foi um abade cisterciense e filósofo místico, defensor do milenarismo e do advento da idade do Espírito Santo que se seguia às idades do Pai com o judaísmo, e do Filho com o cristianismo. Esta filosofia teve muita força em Portugal sendo seguida pelas suas classes dirigentes, no qual se chegou mesmo a posicionar Lisboa como sucessora de Jerusalém e Roma como sede da nova Igreja do Espírito Santo.

Fig.1 – Quadro “O Quinto Império” do Mestre Lima de Freitas.

Fig.2 – D. Duarte e a infanta Leonor de Aragão de mão dada para a eternidade.
Panteão do Mosteiro da Batalha.

Fig.3 – Hugo de Poyens, o ilustre cavaleiro Templário ajoelha-se diante de São Bernardo de Claraval.
   


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