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Portugal – Que missão!

de Eurico Ribeiro

em 13 Abr 2009

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A rede lusófona terá que ser restaurada novamente, sem medos nem complexos colonialistas, algo de que fomos acusados injustamente pelos países que efectivamente o foram e que continuam sub-repticiamente a sê-lo, através das suas ex-colónias tornadas soberanas na aparência. Foi um excelente pretexto para lhes oferecermos o fruto apetecido. Países que, criados por nós, se deveriam ter emancipado pela acção intrínseca do seu próprio crescimento e desenvolvimento autónomo e não por intermédio de forças e ideologias estrangeiras às verdadeiras necessidades do seu povo que era à data também nosso povo.

O conceito colonialista encontra-se estreitamente ligado aos povos conquistadores de raiz continental ou terrestre e não de vocação marítima. Estes é que levaram e ainda hoje levam a cabo acções de genocídio cultural ou rácico, acções de usurpação dos recursos naturais, subjugando ou exterminando os seus legítimos donos. O conquistador não percebe que um povo ou raça particular é na sua terra mãe (§), o melhor produto de adaptação àquela envolvente, cujo complexo cultural que desenvolveu ao longo da sua evolução importa conhecer e estudar a bem da biodiversidade Humana. Os Portugueses dos Descobrimentos percebendo da mais valia das trocas de conhecimentos e de produtos que garantissem a sustentabilidade da sua economia, preferiram estabelecer parcerias e alianças, recorrendo à negociação, lançando os alicerces do próprio sector terciário de actividade – serviços – à escala mundial. As poucas conquistas territoriais serviam apenas para a consolidação de pontos estratégicos na linha de costa, para a manutenção do comércio como motor de sustentabilidade económica, bem como na utópica demanda do Prestes João. Se olharmos para os mapas do chamado “Império Português” no seu apogeu, onde figuravam os contornos dos oceanos marcados pelas “nossas gentes”, verifica-se que ao invés da terra, era o mar que “nos pertencia”, era o mar que nos interessava. Aquele “Mare Nostrum” indomável e salgado como as lágrimas derramadas pelos filhos e viúvas daqueles que reclamava...

“Non Nobis Domine, sed Nomini Tuo da Gloriam”.
Lema Templário – nosso lema.

A nossa queda foi consequência do rompimento da tradição que nos levou, no confronto com os países de raiz conquistadora (Castela, Inglaterra e França), à corrida da posse de terra na perspectiva do poder e glória mais céleres, ao invés de mantermos a estratégia da tradição marítima. Faltaram-nos os Infantes e os homens valorosos e interrompeu-se o desígnio! Deixámos de olhar para o alto ofuscados pelos tesouros mundanos, tornámo-nos novos-ricos, colonialistas e sofremos as consequências. É necessário curar da amnésia as novas gerações e motivar os desinteressados do futuro, fazendo-lhes sentir que o hedonismo tem os dias contados. É necessário aprender com os erros cometidos ao longo de 900 anos. Portugal já não é um jovem na sua puberdade como o são países ainda na sua infância histórica e onde vamos inconscientemente buscar padrões de vida irreconciliáveis com os nossos…

A mudança de paradigma urge que se arrepie rapidamente caminho, ou seremos tragados pelos acontecimentos tal como os “ratos de Hamelin”. É necessário levar as pessoas deste espaço de língua Portuguesa a interpretar e colocar à discussão estes e outros aspectos da nossa Tradição, repito num contexto mais alargado de lusofonia e não de portugalidade. É necessário reinventar a nossa história para melhor nos conhecermos e percebermos qual a nosso rumo no contexto actual. Temos que nos realinhar com o trajecto há muito perdido, temos que deixar de nos continuarmos a queixar de nós próprios. Não somos mais a cauda da Europa, posicionemo-nos antes como a sua Cabeça. Portugal é o porto da Europa para o mundo. A lusofonia torna-nos num parceiro Europeu com voz activa por direito e não apenas um pequeno país subdesenvolvido periférico.
  (... continua) 


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