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Os Princípios do Vedanta (Vedānta)

de Swāmi Yuktatmānanda

em 12 Out 2009

  (...anterior) Ātman é o único termo usado para a Realidade espiritual que subjaz à personalidade e Brahman o nome usado para a Realidade espiritual por detrás de todo o universo de nomes e formas. Mas essencialmente, do ponto de vista espiritual, do ponto de vista da divindade presente em todos nós, Ātman iguala Brahman. Esta é a famosa equação Vedānta. Embora Brahman não tenha forma e seja infinito, Ele pode assumir formas divinas, formas de deuses e deusas para se ajustar aos temperamentos espirituais dos aspirantes espirituais. E quando Brahman sem forma nos aparece sob a forma de deuses, chama-se Saguna Brahma, Deus com atributos. Deus pode ter forma, atributos; se não tiver forma nem atributos chama-se Nirguṇa Brahma. Mas se tiver forma e atributos, chamamos-lhe Brahman condicionado ou Saguna Brahma . É este Saguna Brahma que é adorado em todas as religiões como o Deus Pessoal, i.e., Deus como uma pessoa.

Porque adoramos Deus como uma pessoa? Há pessoas que levantam esta questão, a questão da adoração de imagens. Entende-se que o Advaita Vedānta (§) como filosofia é muito estimulante. É muito racional. Intectualmente falando é muito satisfatória. Mas o estudo da Advaita é uma coisa, e a prática da religião é outra. Por consequência temos de partir de onde estamos e daí irmos progredindo gradualmente. Não chega só pensar ‘Eu sou Ātman’ e ficar apegado ao corpo, à mente e ao ego ao mesmo tempo. Isso não nos leva a lugar algum. Por outras palavras, quando nos identificamos com o nosso corpo e mente vemo-nos como seres individuais limitados. Quando o fazemos é-nos constitucionalmente exigido que adoremos Deus com forma. Swāmi Vivekānanda (§) ilustra esta verdade de uma forma belíssima. Ele diz que se os gatos tivessem uma assembleia e tivessem entre si um gato filósofo e alguém perguntasse ao gato filósofo “ O que é Deus?” este diria que Deus é um super-gato habitando para lá das nuvens com abhayahasta (um gesto de bênção com a mão direita erguida), protegendo-nos e punindo-nos com uma vara quando nos desviamos do caminho. Da mesma forma, se as vacas tivessem uma filósofa, uma vaca filósofa, dariam a mesma resposta e diriam que Deus é uma super vaca.

Por isso esta concepção de Deus como um ser super humano é inevitável enquanto nos identificarmos com o nosso corpo e nossa mente, ou, resumindo, com as nossas personalidades limitadas. Portanto a nossa concepção de Deus depende na concepção que temos de nós. Esta é uma importante lei espiritual. Tal como nos vemos, assim vemos Deus. Se estivermos muito ligados à nossa família – marido, mulher, filhos, etc. – é lógico podermos pensar em Deus com mulher, filhos e sermos devotos deles. Está perfeitamente correcto. Assim sendo, consoante muda a nossa concepção de nós próprios, também evolui do mesmo modo a nossa concepção de Deus.

Sri Ramakrishna afirma isto sobre a identidade do Brahman condicionado e sobre Brahman sem atributos. Ele diz que Deus, o Absoluto, e Deus, o Pessoal, são um e o mesmo. A crença num, implica a crença no outro. O fogo não pode ser pensado aparte do poder de queimar, nem o seu poder abrasante pode ser pensado separadamente dele. De novo, os raios de sol não podem ser entendidos separados do sol, nem o sol separado dos seus raios. Não se pode pensar na brancura do leite aparte do leite ou do leite aparte da sua brancura leitosa. Por conseguinte, Deus o Absoluto não pode ser entendido separado das ideias de Deus com atributos. Assim, este Deus com atributos, i.e., Brahman condicionado e Deus sem atributos são um e o mesmo. A mesma Realidade espiritual, que não tem atributos nem forma, aparece como Deus com forma.
Swāmi Vivekānanda dá um exemplo através do qual podemos compreender este conceito do Deus Pessoal. Primeiro de tudo, define Deus Pessoal. Ele diz que Deus Pessoal é “a mais elevada leitura do Absoluto” feita pela finita mente humana.
  (... continua) 
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