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Os Princípios do Vedanta (Vedānta)

de Swāmi Yuktatmānanda

em 12 Out 2009

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Esta é a expressão do Swamiji – “apregoar à humanidade a sua divindade e como manifestá-la e a cada movimento da vida”, a divindade inerente a cada um e como manifestá-la em cada dia da sua vida, nas suas actividades diárias. Este é o único tema que o Swāmi repisa a toda a hora nas suas Obras Completas. É esta a verdade. Ele diria: «Temos demasiadas superstições. Não ensinem superstições aos vossos filhos. Não acreditem que são esses corpos limitados, essas mentes limitadas. Vocês são o Ātman». No ocidente alguém lhe perguntou: «Será que esta afirmação “Eu sou o Ātman”, “Eu sou o Espírito” poderá levar a algum tipo de hipnotismo?» O Swāmi respondeu que já estamos hipnotizados porque cremos que somos estes pequenos corpos. Por consequência, quando dizemos que somos o Ātman, não nos estamos a hipnotizar, mas antes a des-hipnotizar. Ao afirmar repetidamente” Eu sou o Ātman” somos conduzidos à verdade. O Swāmi disse que ao dizermos a nós próprio várias vezes “Eu sou fraco” “Eu sou mau”, não nos leva a parte alguma. Se gritarmos “Escuro! Escuro!” num quarto escuro não nos ajuda, não nos resolve o problema. Mas se o abrirmos à luz, a escuridão desaparece imediatamente. Ele disse que a fraqueza não é o remédio para a fraqueza, o remédio é a força. A fraqueza é morte. A força é vida. Por isso nenhum devoto de Swāmi, de Sri Ramakrishna e da Santa Mãe (§) podem permitir-se pensar de forma negativa.

Esta é a lição fundamental. Temos de ser positivos e deveremos pensar “Eu sou o filho de Deus”, “Eu sou Ātman”, “Eu não sou o corpo”, “Não sou a mente”. Assim tenham fé em vós próprios, primeiro de tudo. O Swāmi diz ”Se tiverem fé nos vossos trezentos e trinta milhões de deuses mitológicos…sem terem fé em vocês próprios, não terão salvação”. Isto porque se tiverem fé em Deus e não a tiverem em vocês, não será possível pô-la em Deus. Depositar fé em Deus exige uma luta imensa com a mente, com os vossos samskāras ou tendências e impressões passadas. São precisos esforços heróicos. Por isso precisamos de imensa fé em nós próprios – uma convicção que “Somos capazes disso”. Não se trata de egoísmo. Trata-se de fé no Eu Superior que é diferente da mente, diferente do corpo. Esta fé é indispensável. Por isso tenham fé em vós próprios, primeiro, e depois fé em Deus. Este é o ensinamento importante – somos divinos. Este é um mantra grandioso. Sempre que tivermos problemas, confusão, tensão, ansiedade, Swāmi Vivekānanda (§) diz: «Lembrem-se sempre que são o Ātman; infinitos; não são este corpo; não são este monte de confusão e ansiedade».

Assim sendo, isto fala-nos da nossa divindade. Contudo embora divinos, essa divindade existe em forma potencial. Tal como somos neste momento, não estamos conscientes da nossa divindade. E o resultado é identificarmo-nos com o nosso corpo, mente e objectos exteriores do mundo. O mundo torna-se a nossa única realidade. Começamos a buscar realização nos objectos finitos do mundo. Buscamos felicidade eterna em coisas finitas, o que não é possível. A Upaniṣada Chāndogya diz “yo vai bhumā tat sukham nālpe sukham asti” (7.24.1). Ou seja, a verdadeira felicidade, a Felicidade duradoura só é possível no infinito. Bhumā significa Infinito. Não pode existir Felicidade nas coisas finitas. A Eterna Felicidade só pode ser atingida através da nossa dimensão infinita, i.e., pelo Ātman. Contudo, essa é a ironia, pois por causa da nossa ignorância sobre a verdadeira natureza, procuramos a felicidade no mundo exterior e obtemos vários tipos de experiências no processo. Naturalmente chegará o momento em que reflectimos e nos perguntamos: «Será que este mundo material é tudo o que existe? Serei apenas este complexo corpo-mente arremessado pelas circunstâncias? Ou será que Deus existe?» Todas estas questões começam a perseguir-nos e quando as levamos a sério, começa a verdadeira religião, começa a verdadeira indagação espiritual. Até tais dúvidas começarem a estimular a nossa mente, vamos ganhando experiência.
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