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Os Princípios do Vedanta (Vedānta)

de Swāmi Yuktatmānanda

em 12 Out 2009

  (...anterior) Sirvam o Próprio Deus se tiverem o privilégio, e essa atitude é o resultado de nos vermos como o Espírito que é omnipresente. Também tal nos dá a oportunidade de crescer em altruísmo que é sinónimo de divindade. O Swamiji diz: «Existem duas coisas – o mundo e Deus. Tudo o que existe neste mundo é baseado em egoísmo e Deus não é nada mais senão altruísmo». Assim, este conhecimento da unicidade da existência é um grande poder motivador para manifestarmos o altruísmo – olharmos para nós e para os outros como sendo o Espírito.

Esta unicidade de existência também é a base do amor universal que estudamos nas Upaniṣadas. A Upaniṣada Brihadāranyaka ensina-nos este princípio e diz que não é por causa do marido que o marido é amado, mas pelo Ātman; não é por causa da mulher que a mulher é amada, mas pelo Ātman, etc. Esta lista continua e termina com a declaração de que não é por causa de nada que nada ou ninguém é amado, mas por causa de Ātman. Por isso, este amor universal baseia-se no conceito na unicidade da existência. E, finalmente, esta unicidade de existência dá sentido ao ensinamento frequentemente mencionado – ama o teu vizinho como a ti próprio. Porque o teu vizinho és tu próprio. Assim, sempre que magoamos outrem, magoamo-nos efectivamente a nós próprios. Se formos imorais para com alguém, forjamos mais uma ligação que nos ata ao mundo. Por isso o Vedānta diz – pratica a moralidade porque tu és o Ātman. Se fores imoral, essa imoralidade reafirma as tuas más tendências e prende-te mais fortemente ao mundo. Este é o terceiro princípio do Vedānta – a unicidade da existência.
Harmonia das religiões

Os primeiros três princípios, nomeadamente não dualidade da Realidade última, Divindade da alma, e unicidade da existência – conduzem-nos logicamente ao quarto princípio. E qual é ele? A harmonia das religiões. Este é um ensinamento importante de Sri Ramakrishna que diz que cada religião é um caminho válido para a mesma e última Realidade. Por consequência, não há necessidade de lutarmos em nome da religião. O que efectivamente precisamos é de sinceridade, seriedade e aspiração. Sê verdadeiro para ti próprio e determinado no conhecimento da Verdade. Se tiverem estas duas características, Sri Ramakrishna assegura-nos que o Próprio Deus nos porá no caminho certo, mesmo que temporariamente se perca. É uma imensa garantia de Sri Ramakrishna. Swāmi Vivekānanda (§) afirma que existem três aspectos em cada religião – filosofia, mitologia e rituais. A filosofia apresenta a visão global da religião apresentando os seus princípios básicos, os objectivos, e os meios para os atingir. A segunda parte é a mitologia que é a concretização da filosofia. Consiste nas lendas relacionadas com a vida de homens e mulheres ou dos seres sobrenaturais e por aí adiante. A terceira parte é o ritual. Isto é mais concreto e é feito de formas e cerimónias. Existe nestes, uma atitude física – flores e incenso e muitas mais coisas que apelam aos sentidos. Precisamos dos três. Contudo, o problema começa quando os aderentes destas religiões começam a acreditar que a sua filosofia, mitologia e rituais são a única filosofia, a única mitologia e os únicos rituais válidos. É quando surgem as carnificinas, é quando surgem as discórdias. Swāmi Vivekānanda diz que nunca conseguiremos a unidade ou universalidade em assuntos relacionados com estes três aspectos.

A Universalidade só é possível relativamente à Verdade espiritual que é o fim de cada religião. Se cada religião for praticada com sinceridade, será um caminho válido para atingir a mesma e última Verdade. Dá-nos um exemplo e diz-nos: «Imaginem um círculo com uma circunferência infinita. Nós estamos na periferia da circunferência do círculo. Há números infinitos de pontos na circunferência e, enquanto estivermos na periferia, – vós no topo da periferia e eu no ponto dramaticamente oposto – começaremos a debater qual é o melhor local. Sempre que começamos, o meu ponto de vista é que é o certo!
  (... continua) 
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