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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 2ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 05 Mar 2011

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Essa união deu-se de forma que, sempre que fosse necessário, a entidade de Cristo pudesse abandonar o corpo de Jesus.
O corpo de Jesus podia permanecer em algum lugar como que adormecido, e o ser de Cristo transportava-se espiritualmente a um outro lugar onde a sua presença fosse necessária.

O 5º Evangelho mostra-nos que, quando Cristo aparecia aos apóstolos, nem sempre o corpo de Jesus estava presente; frequentemente acontecia o corpo de Jesus ficar em algum lugar, e o espírito de Cristo aparecer aos apóstolos. Nessas ocasiões ele aparecia de forma que eles pudessem confundir a sua aparição com o corpo de Jesus.
Durante os três anos de vida na Terra, o espírito de Cristo foi-se unindo mais e mais intimamente ao corpo de Jesus; a entidade crística, como entidade etérica, foi se tornando cada vez mais semelhante ao corpo físico de Jesus de Nazaré.
O homem comum é um microcosmos perante o macrocosmos, uma imagem, uma réplica de todo o macrocosmos. Aquilo que o homem se torna na Terra é uma imagem reflectida de todo o imenso Universo.
No caso de Cristo aconteceu ao contrário: a entidade solar macrocósmica forma-se de acordo com o microcosmos humano; paulatinamente ela se aperta e se estreita, tornando-se cada vez mais semelhante ao microcosmos humano. É justamente o inverso.

No começo da vida de Cristo na Terra, após o baptismo no Jordão, a sua união com o corpo de Jesus era muito frouxa. A entidade de Cristo ainda estava bastante fora do corpo de Jesus. A actuação de Cristo na Terra era ainda algo totalmente supraterrena. Ele realizava curas que nenhuma força humana poderia realizar.
Falava aos homens com um poder de convicção divino. A entidade de Cristo actuava como um ser supraterreno.
Mas pouco a pouco foi-se assemelhando ao corpo de Jesus, comprimindo-se cada vez mais, submergindo nas condições terrenas e sofrendo um desvanecimento cada vez maior da força divina. A entidade de Cristo experimentou tudo isso à medida que se tornava semelhante ao corpo de Jesus; em certo sentido, essa era uma evolução descendente.
Cristo precisou sentir como o poder e a força divinos cada vez mais lhe escapavam à medida que ele se ia assemelhando ao corpo de Jesus de Nazaré.

Passo a passo, Deus foi se tornando Homem.
Tal como alguém vê o seu corpo desaparecer aos poucos no meio de tormentos infinitos, Cristo viu extinguir-se o seu conteúdo divino ao se tornar, cada vez mais semelhante ao corpo terrestre de Jesus. Torna-se semelhante a ele ao ponto de poder sentir medo, tal como um homem. (ex - suor no Monte das Oliveiras)
À medida que Cristo se identificava cada vez mais com o corpo de Jesus, Cristo foi-se tornando homem. A sua força milagrosa, divina, foi desaparecendo.

Desde a ocasião em que admirados espectadores rodeavam Cristo, consumou-se em três anos o caminho, até ao ponto em que a entidade de Cristo se tornou tão semelhante ao corpo de Jesus que, nesse corpo extremamente debilitado, já não conseguia responder ao interrogatório de Pilatos, Herodes e Caifás durante o seu julgamento.
Tanto se assemelhava ao corpo de Jesus de Nazaré, esse corpo cada vez mais debilitado, que ante a pergunta “Disseste que podes destruir o Templo e reconstrui-lo em três dias?”, a entidade de Cristo não mais conseguiu responder a partir desse físico frágil, calando-se diante do sumo sacerdote dos judeus e diante da pergunta de Pilatos: “Disseste que és o rei dos judeus?”

Foi este o caminho da Paixão, desde o baptismo no Jordão até à perda total do seu poder.
Pouco depois a multidão assombrada, que antes se havia maravilhado com as forças milagrosas supraterrenas de Cristo, não mais o rodeou com admiração, e sim postada diante da cruz (§), escarnecia da impotência do Deus que se tornara homem exclamando: “Se és Deus desce, ajudaste os outros agora ajuda-te a ti mesmo!”
Era uma dor infinita, à qual se somou aquele sofrimento pela humanidade tão decaída, justamente na época do Mistério do Gólgota.
  (... continua) 


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