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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 2ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 05 Mar 2011

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Esta dor, porém, fez nascer o espírito que se derramou sobre os apóstolos na festa do Pentecostes.
Desse sofrimento nasceu o Amor cósmico supremo que no baptismo do Jordão, descera das esferas extraterrenas, celestiais, para a esfera terrestre; ele tornou-se semelhante ao homem, semelhante a um corpo humano, e experimentou o momento da máxima impotência divina a fim de originar o impulso que, na subsequente evolução da humanidade, conhecemos como sendo o impulso de Cristo.

2.2.6 - A antiga e a nova iniciação

No baptismo de João, quem era retirado da água com êxito, sabia por esse processo possuir em si um elemento espiritual, não sendo apenas um ser num corpo físico. Esse elemento espiritual se relacionava com o Espírito subjacente a todas as outras coisas.
Em que ponto tal consciência se diferenciava daquela de um antigo iniciado?
O antigo iniciado percebia as antigas entidades divino-espirituais, que já estavam ligadas à Terra. Agora, porém, sabia que o Supremo Espírito é aquele que se aproximou da Terra.

No baptismo de João os que eram baptizados eram mergulhados na água, todo o seu corpo físico imergia.
Em tal acontecimento algo muito extraordinário pode suceder.
Pode acontecer por exemplo que uma pessoa prestes a se afogar, tenha um choque tal que veja a sua vida toda a passar à sua frente como se fora um imenso panorama espiritual. Isto acontece porque por um instante ocorre o que só acontece após a morte: o corpo etérico desprende-se do corpo físico, livra-se das forças do corpo físico. Isto sucedia à maioria das pessoas baptizadas por João, e sucedeu especialmente no baptismo do Jesus natânico: o seu corpo etérico foi retirado. E neste justo momento pôde imergir no corpo de Jesus natânico, dele tomando posse, a sublime entidade que designamos por Cristo. Assim o Jesus natânico fica impregnado pelo ser de Cristo.
É isto o que dizem os mais antigos evangelhos manuscritos:
“Este é o meu Filho muito amado, hoje eu o gerei”. Isto significa que agora foi gerado o Filho do Céu, o Cristo.
O fecundador foi a Divindade Una que permeia o Cosmos, o receptor foi o corpo e toda a organização do Jesus natânico, que havia sido preparado para receber o germe das alturas.

2.2.6.1 – A sabedoria dos mistérios egípcios

“Quando subires ao puro éter, livre do teu corpo, serás um deus imortal esquivado da morte” – tal pensamento de Empédocles resume em poucas palavras o pensamento dos antigos egípcios a respeito do eterno no homem e a sua conexão com o Divino, como prova o chamado “Livro dos Mortos” decifrado no século XIX pelo zelo dos cientistas.
Trata-se da maior obra literária que os egípcios nos legaram. O livro contém várias recomendações e orações colocadas nos túmulos para servir de guia ao defunto liberto do seu envoltório mortal.
O neófito era submetido a processos misteriosos, destinados a aniquilar o que nele havia de terreno e a despertar a parcela superior. Para compreender o sentido de tais iniciações basta seguir o que está implícito na confissão de todos os que atravessaram uma iniciação:

“Diante de mim flutuava a imensa perspectiva, em cujo fim se encontra a perfeição divina. Senti esse poder divino em mim e sepultei o que em mim se opunha a ele. Morri para tudo o que é terreno. Morto como homem inferior, cheguei aos mundos inferiores onde convivi com os mortos, ou seja, os que já foram integrados no circuito da eterna ordem cósmica. Ressurgi desse reino, superando a morte, e tornei-me outro homem, desprendido do mundo transitório que, para mim, passou a ser impregnado pelo “Logos”. Pertenço agora àqueles que, possuindo a vida eterna, estarão sentados à direita de Osíris. Entrosado na ordem divina perene, serei um verdadeiro Osíris e terei nas minhas mãos o poder de julgar sobre vida e morte”. O neófito tinha de se submeter à experiência que o conduzisse a essa confissão. Trata-se de uma das mais sublimes vivências que podem advir ao homem.
  (... continua) 


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