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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 2ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 05 Mar 2011

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4 - Diálogo entre Jesus e sua mãe (§)

Para compreender as suas dúvidas vamos acompanhar um diálogo com a sua mãe.
Esta é uma cena vivida por Jesus no final do seu 30º ano de vida – um diálogo com a sua mãe (aliás aquela que por meio da união das duas famílias se tornou sua mãe por muitos anos). Jesus tinha com ela um entendimento excelente e profundo, muito melhor do que com os restantes membros da família que viviam na casa; isto é, ele os compreendia bem mas o inverso não ocorria.
Já anteriormente ele conversara com a mãe sobre diversas das impressões que haviam surgido na sua alma; mas no referido momento houve um diálogo muito importante, que nos permite olhar fundo na sua alma.

Pelas vivências descritas ele havia-se tornado cada vez mais sábio, de forma que o seu rosto já revelava infinita sabedoria. Ao mesmo tempo porém havia chegado a uma certa tristeza interior, como muitas vezes acontecia, ainda que em grau menor.
Os primeiros frutos da sua sabedoria consistiram na verdade na tristeza que lhe sobrevinha ao contemplar os homens ao seu redor. Além disso nos últimos anos do seu 3º decénio, quando estava sozinho ele se via compelido a pensar cada vez mais em algo bem determinado: - a sua mudança aos 12 anos quando na sua alma entra Zaratustra. Inicialmente ele só sentia em si a infinita riqueza da alma de Zaratustra. Nessa época ele ainda não sabia ser o Zaratustra reencarnado, mas sabia que uma grande mudança lhe acontecera aos 12 anos.
Ele agora tinha amiúdo a seguinte sensação: “como tudo era diferente antes dessa mudança!” frequentemente pensava como era afectuoso o seu íntimo naquela época; pois quando menino vivera completamente extasiado, tivera a mais viva sensibilidade para todas as manifestações da natureza, para toda a grandiosidade da natureza, contudo tivera pouca predisposição para as conquistas do saber humano – pouco se interessara pelo que se poderia aprender na escola.

Seria um grande erro crer que este menino Jesus fosse até aos 12 anos especialmente dotado no sentido comum do termo.
Ele possuía bondade de coração.
Uma profunda compreensão por tudo o que fosse humano.
Sentimentos e impressões profundas.
Um feitio manso e angelical.
Aos 12 anos foi como se tudo tivesse saído violentamente da sua alma.
Agora tinha de recordar e sentir como antes dessa idade estivera unido à espiritualidade mais profunda do universo. Como a sua alma estivera aberta às profundezas das amplidões infinitas. Como ele vivera a partir dos 12 anos, encontrando então a sua alma preparada para uma espécie de assimilação da erudição hebraica, que lhe advinha espontaneamente, como que oriunda dele próprio; e como nas viagens conhecera, os cultos pagãos, como passara pela sua alma todo o saber e religiosidade do paganismo.
Dos 18 aos 24 anos convivera com o que a humanidade havia alcançado exotericamente e como aproximadamente aos 24 anos ingressara na comunidade dos essénios, aí conhecendo uma doutrina oculta e pessoas que a ela se dedicavam.

Ele sabia que só havia desabrochado na sua alma o que a humanidade acumulara desde a antiguidade.
Amiúde tinha de recordar como fora antes dos 12 anos, quando se sentia como que unido aos divinos fundamentos primordiais da existência, quando tudo nele era elementar e original, emergindo da sua índole amorosa, cálida, transbordante e unindo-se intimamente às demais forças da alma humana.
Estes sentimentos motivaram uma conversa muito especial entre ele e a mãe.
A mãe amava-o muito e frequentemente falavam sobre tudo o que de belo e grandioso se apresentara nele desde os 12 anos.
Nos primeiros anos ele omitira dela a luta interior que isto lhe provocava, de forma que ela apenas via o belo e o grandioso. Por isso muito do que sob a forma de uma espécie de confissão geral houve nesse diálogo era novidade para ela, mas ela acolheu tudo de forma afectuosa.
Existia nela uma compreensão profunda quanto ao estado de alma dele, quanto à saudade que ele tinha do estado em que vivera antes dos 12 anos de idade.
  (... continua) 


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