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Jesus Cristo segundo Rudolf Steiner - 4ª Parte

de Zelinda Mendonça

em 16 Mai 2011

  (...anterior) Paulo não aceitava que as antigas profecias se referissem a um ser que havia sido condenado de acordo com a lei. Até o acontecimento de Damasco a morte vergonhosa de Jesus era a prova de que ele não podia ser o Messias.
Algo de muito profundo e grandioso está contido nesta confissão da conversão de Paulo.

As tradições que ainda existiam nos primeiros séculos depois de Cristo não existem mais. Quando muito elas podem se manter sob a forma de registos históricos exteriores, mantidos por alguma sociedade secreta que não as compreende.
Precisamos reencontrar, por meio da Ciência Espiritual aquilo que supera as escassas informações concernentes a Cristo, depois do Mistério do Gólgota.

O que disse Cristo ressuscitado aos seus discípulos, que eram realmente iniciados, que não está mencionado nos Evangelhos?
Cristo ensinou os seus iniciados que a nossa origem é de um mundo no qual a morte não existe; ele aprendeu sobre a morte aqui na Terra e a venceu.
Se compreendermos a relação entre o mundo terrestre e o divino, será possível levar o intelecto novamente de volta à espiritualidade.
Vamos expressar de forma aproximada o conteúdo dos ensinamentos esotéricos dados por Cristo aos seus discípulos iniciados: - o que ele lhes deu foi o ensinamento sobre a morte, tal como ele é percebido do ponto de vista do mundo divino.
Para melhor compreender precisamos ter em consideração que os primeiros seres humanos que viveram na Terra eram capazes de receber a sabedoria dos deuses através de capacidades clarividentes atávicas. Isto significa que seres divinos desciam de mundos espirituais para a Terra, podiam comunicar os seus ensinamentos aos seres humanos – de forma espiritual, é claro – e estes, por sua vez, ensinavam outras pessoas também de forma espiritual.

Esta condição, que transcende a terrestre, podia ser alcançada principalmente pelos iniciados nos Mistérios. Na sua maioria, eles tinham as suas almas fora dos seus corpos e era dessa maneira que podiam receber as comunicações dos deuses de forma espiritual, porque não estavam dependentes da forma exterior da linguagem ou palavra falada.
Os deuses ensinavam os seres humanos sobre o que as almas vivenciam antes de descerem a um corpo terrestre pela concepção.
As pessoas tinham a sensação de estarem sendo lembradas de algo, sentiam como se as comunicações dos deuses os lembrassem das suas experiências no mundo anímico espiritual, antes da concepção.
Em Platão ainda existem ecos de que esta era a realidade em épocas primordiais.
Esta sabedoria era de um tipo diferente, as pessoas nada sabiam sobre a morte. Pode parecer estranho para nós hoje em dia, mas é verdade: os antigos habitantes da Terra desconheciam a morte, tal como as crianças desconhecem.
As pessoas eram instruídas e passavam esse ensinamento aos outros que ainda possuíam a clarividência atávica. Tinham consciência do facto de o seu ser anímico ter descido dos mundos divino-espirituais para um corpo e que também deixaria este corpo.
Nascimento e morte parecia-lhes uma metamorfose, e não algo que representasse o começo e o fim de um processo. Podemos dizer que a alma humana na sua evolução constante considerava a vida na Terra como um intervalo.
Eles não percebiam o ponto “a” e “b” como início e fim, mas apenas viam a corrente ininterrupta da vida da alma e do espírito.

A morte era algo que pertencia a “Maya” (ilusão) e não causava grande impressão aos seres humanos, pois eles conheciam apenas a vida.
Quando observavam o nascimento viam a vida humana estender-se além do nascimento, no espiritual.
Quando observavam a morte, a vida do espírito e da alma também se estendia além da morte, no espiritual.
Mas gradualmente os seres humanos abandonaram este estado.
Ao observarmos retrospectivamente a evolução da humanidade, desde o passado muito remoto até à época do Mistério do Gólgota, podemos dizer: os seres humanos aprenderam cada vez mais a conhecer a morte.
  (... continua) 


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