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Os Estoicos e os Jainas

de Maria

em 02 Abr 2023

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Todos estes passos para a libertação da Alma, iniciam-se quando se adquire a consciência da escravidão que o “mergulho” na matéria provoca, pois quando ela está revestida de matéria, ocorre o influxo de karma, causador do sofrimento e, movida pelo desejo de vida, obstrui a sua luz e consciência, que a deixa submersa na ignorância. Quanto mais ignorante mais karma acumula, até obter a percepção, de que o criar ou desenvolver virtudes, são o meio de aliviar e destruir a densa carga da matéria, que incentiva os sentidos primários. Eles são de entre alguns: orgulho, inveja e ambição, sendo necessária uma auto-purificação. A sede da vida e de acções, provoca indisciplina mental e esta falta de controlo significa ausência de harmonia e onde não existe harmonia, há sofrimento.

Quanto à suspensão do influxo de karma significa acabar com este ciclo vicioso pela extinção do desejo. Gradualmente pode-se diminuir o processo automático da entrada das sementes da matéria ou partículas de karma por práticas translúcidas e resplandecentes.
Atingido este ponto, resta a exaustão completa do karma, que ainda pode levar alguma vida para alcançar finalmente a libertação total, Moksha ou Kaivalya. Kaivalya representa o “isolamento”. O Kevalin, aquele que se isola da roda do karma e das reincarnações, anulou todos os resíduos na consciência e não resta qualquer vestígio leve que seja, para voltar a uma nova vida.

Os Tīrthankaras (os Kevalins) são os libertados, os que não reincarnarão mais. Atravessaram para a outra margem do rio e seguirão rumo ao Infinito…

Sem dúvida que as doutrinas estão indiscutivelmente ligadas às personagens que as instituíram; seres que nasceram com dons especiais ou receberam a Graça e essa transporta uma força ou energia divina que gera o impulso criativo do Pensamento e que sendo inovador, abrirá novos horizontes às mentes daqueles que estão preparados para o compreender. Assim, tem sido com tantos outros seres, os Iniciados que se destacaram ao longo da História humana e, entre os Estóicos para além de Zen (§)ão de Cítio, o fundador da Escola do Pórtico, salienta-se Cleanto, Crispo e Epicteto, sendo estes os mais notáveis.

Eles não se limitaram a proferir máximas Estóicas, mas realizaram interiormente o ideal do Pórtico, com exemplos de abnegação, humildade e simplicidade em suas vidas.

Zenão, nasceu em Cítio em 335/6 a.C., na ilha de Chipre. Era filho do comerciante Menaseas e seria de origem fenícia. Foi para Atenas já tarde, depois de ter praticado também o comércio. Até aos vinte e dois anos seguiu o ensinamento dos cínicos, sobretudo o de Crates. Ouviu alguns filósofos: Estilpão, Xenócrates e Diodoro Cronos. Compôs muitas obras. A sua integridade pessoal era marcada por uma vida exemplar e dedicou todo o seu esforço, na instituição desta severa mas sublime doutrina, em que a virtude era o único bem.

É pois pelo carisma de uma personalidade e da penetração no Puro Pensamento que se imprime nos outros ou até na humanidade, um avanço mental e espiritual que pode perpetuar-se por eras e eras, até ser conseguida uma nova mentalidade.

Cristo e Buddha (§) foram outros grandes exemplos e também no Jainismo, temos os Tīrthankaras especialmente os históricos, Aristameni e Pārśva e, por último, Mahāvīra (§), o reformador da Religião Jaina, já que outros Tīrthankaras, são tão longínquos que se tornaram lendários.

Supõe-se que Pārśva tenha vivido 246 anos antes de Mahāvīra, ou seja, deve ter vivido então 772 anos a.C.. Pārśva ou Pārśvanatta, consta ter sido o vigésimo terceiro desta longa linhagem espiritual dos Tīrthankaras, que viveu depois do bem-aventurado Aristanemi contemporâneo de Kṛṣṇa.
O 24º Tīrthankara, Vardhamāna Mahāvīra, nasceu em 599 a.C. na província de Bihar. Era um kṣatriya (casta guerreira) e aos trinta e três anos renunciou à vida familiar e ao seu reino, pois nasceu como príncipe e, durante doze anos praticou severas austeridades. Peregrinou por vários sítios da Índia, atingindo a iluminação aos 42 anos e, pregou a doutrina Jaina até à sua morte.
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