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Olhando para a Natureza da Mente - 1ª Parte

de Sakya Trizin

em 06 Ago 2011

  (...anterior) Sakya-Pandita Mesmo se estivermos a sentirmo-nos preguiçosos, ou enfrentarmos qualquer das outras faltas, devemos esforçarmo-nos de voltar à concentração através de, por exemplo, recordarmos o fracasso de samsara, ou lendo um livro inspirador. O antídoto para a segunda falta, esquecimento, é recordar; relembrar constantemente as instruções que recebemos de como praticar a concentração. Devemos tê-las sempre em mente, de modo a que sempre que comecemos a praticar, nos recordemos automaticamente de como o fazer.

Podemo-nos sentir desencorajados porque, não importa o quanto tentemos, muitos pensamentos continuam a surgir. Normalmente, embora muitos, muitos pensamentos surjam, não nos apercebemos deles, mas quando começamos a praticar, apercebemo-nos deles. Este é um bom sinal, e não devemos ficar desencorajados.

O antídoto para a terceira falta é estarmos cientes, observando a mente. É importante observarmos sempre a mente, se tiver ido na direcção errada, ou se está a afundar-se ou a dispersar-se. Afundar-se, como dissemos anteriormente, é um pouco como dormir. Quando tentamos praticar a concentração, por vezes a nossa mente torna-se entorpecida, muito como quando dormimos. Ao contrário, quando temos muitos pensamentos, pensamos nas coisas que queremos fazer, lugares que queremos visitar, pessoas que queremos ver, e por aí fora – a nossa mente parte em direcções diferentes. É muito importante observarmos continuamente estas duas coisas, o afundar e dispersar. E assim, a observação da mente é o antídoto à terceira falta.
O antídoto à quarta falta é a aplicação do antídoto. Logo que observarmos que a nossa mente foi na direcção errada, fazemos um esforço na aplicação do antídoto.
O antídoto à quinta falta, aplicação em excesso, é aplicar a dose correcta do antídoto. Nós esforçamo-nos para trazer equanimidade a uma mente que está demasiado relaxada, ou que está sobre agitada. Isto significa encontrarmos um equilíbrio entre uma mente entorpecida e uma mente instável.
Assim, ao aplicarmos estes antídotos, podemos eliminar as cinco faltas da concentração.

Há nove níveis de concentração.
No primeiro nível, colocamos a nossa mente no objecto, não fazemos movimentos físicos, não pestanejamos, e asseguramo-nos que o objecto de meditação também não se está a mover, e que podemos claramente vê-lo. Os nossos olhos nem estão completamente abertos nem completamente fechados, apenas meio abertos e a nossa respiração deve ser normal, uma respiração natural e lenta. Então devemos tentar reunir em simultâneo as três coisas: a nossa mente, os nossos olhos e a nossa respiração, e colocá-las no objecto [de concentração ].
No segundo nível de concentração, e porque é difícil aos iniciantes praticar por um longo período de tempo, devemos tentar fazer muitas sessões curtas. Se, ao princípio, tentarmos fazer sessões longas, ficaremos física e mentalmente exaustos. Tal pode levar-nos a ficar zangados com a meditação. No princípio devemos tentar fazer muitas, muitas sessões muito curtas. Então deveremos, repetidamente, continuar a colocar a mente, por curtos períodos de tempo.
No terceiro nível, logo que algo que distraia a nossa mente aconteça, como um som ou algum estímulo sensorial, imediatamente colocamos a nossa mente de volta ao objecto.
Também no quarto nível, esforçamo-nos repetidamente em colocar a mente no objecto.
No quinto nível relembramos as qualidades obtidas através da concentração de modo a que, se a nossa mente for perturbada através de afundar e dispersar, então teremos mais incentivo para aplicar os antídotos e trazer a nossa mente de volta ao mesmo.

Através da concentração interior, sem a utilização de um objecto exterior, consegue-se eliminar os pensamentos e permanecer com uma mente estável e uni-focalizada, e concentrar na clareza da mente.

No sexto nível, se bem que tentemos trazer a mente ao objecto, a nossa mente está agitada ou distraída.
  (... continua) 
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