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O Livro do Amor

de Ramiro Calle

em 19 Fev 2012

  (...anterior) Obcecaste-te de tal maneira por essa mulher que deixaste de ser tu mesmo. Não comes, não dormes, perdes todos os combates e vais adoecer gravemente.
Aflito o homem retorquiu:
_ Sim, estou doente, senhor, doente de paixão, reconheço-o. Não sou nada sem essa mulher. Não quero viver sem ela. Maltrata-me, faz troça de mim, despreza-me e tira-me o dinheiro todo, mas não posso viver sem ela.
_Acalma-te.
_Como posso acalmar-me? Cada dia goza mais comigo e desdenha-me mais, mas que posso eu fazer?
O místico perguntou-lhe:
_Se encontrasses algo que te atraísse mais do que essa mulher, deixava-la?
_Imediatamente, claro que sim; estou a ficar louco.
-Vem comigo disse o místico.
Conduziu o lutador a um bosque próximo e aprazível e ensinou-o a entrar em contacto com o seu próprio ser, para lá das turbulências do pensamento. Quando, um tempo depois, o lutador saiu da meditação, exclamou:
_Que paz bendita! Que reconfortante quietude!
Então o místico disse-lhe terminantemente:
_Nunca sejas escravo de ninguém. Hoje encontraste no teu interior a felicidade que procuramos no exterior. A partir dessa felicidade interna, aprenderás a amar de verdade e em liberdade, e não cegamente e a partir da servidão.
(em itálico a partir daqui)
Até que ponto a atracção física pode desajustar a nossa personalidade, roubar-nos o juízo, aturdir-nos e fazer-nos estar muito abaixo da nossa própria estrutura psíquica!
Não há nada que consiga aprisionar-nos mais do que a paixão exacerbada e descontrolada, não vivida conscientemente e que pode converter-nos nuns cabeças-no-ar e roubar-nos todo o autocontrolo e dignidade. Quando alguém põe toda a sua alma e o seu centro noutra pessoa, e esta não lhe corresponde ou o “abandona”, ou então o não-correspondido sente-se como uma alma penada, incapaz de encontrar consolo em lado algum, de maneira alguma, para sua grande perturbação...a menos que encontre estados de paz interior e reconfortante sossego. Se a pessoa que tanto atrai, que magnetiza ou fascina de tal maneira, se afasta, o indefeso enamorado sente-se como sem alma, sem identidade própria, vítima de um sofrimento atroz e incapaz de se dar conta de que é inútil querer que outra pessoa queira estar com alguém, senão o deseja, e que é preciso vergar o ego e recuperar-se a si mesmo.

Editora: A esfera dos livros
   
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