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Graça Divina - 2ª Parte

de Debabrata Sen Sharma

em 20 Out 2014

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O princípio de guru(1):

Tomemos agora o conceito de guru (guru tattva), que constitui o segundo ramo na filosofia Shivaísta de Cachemira da disciplina espiritual. De acordo com os seus textos, Param Shiva ou Paramesvara pode ser visto como o Supremo Guru (Param Guru), porque Ele é a derradeira fonte de onde jorra a Graça. Como já foi mencionado, a infusão de Graça é uma das funções eternas do Senhor Supremo. Deparamo-nos com diferentes tipos de gurus (mestres, professores) na nossa vida quotidiana, tais como kula guru (mestres que aconselham os elementos de famílias na realização dos seus deveres religiosos), brahmacārya (os que transmitem a educação formal no primeiro estádio da vida), pais que tentam colocar os seus filhos nos caminhos da vida com piedade e justiça, etc.; mas os escritores Shivaítas dizem que esses gurus pertencem ao grupo dos asad guru-s, i.e., gurus que não são competentes para orientar no caminho espiritual. Tal é feito pelos sadguru-s, ou verdadeiros professores, que são ordenados por Param Guru (Shiva) que serve para mediar a corrente de Sua Graça aos sādhaka-s, e também como guia espiritual. Aqueles são sādhaka-s auto-realizados, de outra forma não poderiam ajudar os discípulos na realização de sādhanā.

Geralmente um sādhaka recebe iniciação só de um guru, que lhe dá orientação ao longo da sua vida espiritual. Mas Gadadhar, que mais tarde ficou famoso como Sri Ramakrishna, foi iniciado por uma série de gurus, que o iniciaram de acordo com cada uma das suas tradições especiais. Ele não pediu nada a nenhum deles, mas todos eles se aproximaram por ordem de sua deusa amada Bhavatārin. O que justifica isto, parece ter sido por vontade da Deusa Bhavatārin Kāli, que quis que Ramakrishna fosse o sādhaka mais perfeito. Ela quis projectar em Ramakrishna a verdade que todos os caminhos espirituais conduzem à realização do mesmo fim, e também afirmar, através dele, a harmonia das religiões, apesar das diferenças que os modos de disciplinas espirituais estabelecem neles.

Uma vez que os sadguru-s representam o Senhor Supremo ao nível mundano, é Ele que os escolhe de acordo com a personalidade de cada sādhaka. Assim, não é deixado ao critério do sādhaka a escolha de seu guru. Já aconteceu na vida de muitos sādhaka-s terem abordado alguns mestres renomados, a quem lhes foi dito: ”Eu não sou o teu guru, o teu verdadeiro guru está algures à tua espera.” Tal aconteceu no caso de Swāmi Muktānanda (§) vindo de Gurudev Siddha Peeth de Ganeshpuri. A mim foi dito por um swāmi americano, como ele pediu que o iniciassem a muitos homens santos, inclusive Ma Anandamoyee, a quem ele respondeu o mesmo. O sábio famoso Gopinath Kaviraj ficou muito impressionado por Sivarāma Kinkar Yogatrayānanda, a quem pediu iniciação; mas o yogī respondeu que o Parama Guru não o tinha autorizado a iniciá-lo.

Também há casos em que alguns sādhaka-s, não tendo competência para receber iniciação de forma a embarcarem na sua jornada espiritual, conheceram pela primeira vez grandes mestres e foram iniciados por eles. Podemos citar o exemplo do famoso yogī Shri Charan Lahiri, que estava em Dehradun e caminhava sozinho pelo vale próximo, quando ouviu alguém chamar pelo seu nome alto. Sentiu-se tão atraído pela voz, que procurou nas cercanias de onde vinha, e encontrou o seu guru, que o iniciou. Shri Satish Chandra Mukhopadhyaya recebeu a sua iniciação, sem querer, de Bijoy Krishna Giswāmi em Calcutá. Há também o caso de Professor Janaki Ballabh Bhattachārya, um famoso Naiyāyika (N.T. Nyāya (Sanskrit ny-āyá, usado no sentido de "syllogism, inferência") é o nome a uma das seis escolas ortodoxas ou escolas astika da Filosofia Hindu, especificamente a escola de lógica. A Escola Nyāya de especulação filosófica baseia-se nos textos conhecidos como Nyāya Sutras, que foram escritos por Aksapada Gautama no séc. II A.C.
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