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A Justiça Divina

de Lubélia Travassos

em 06 Nov 2014

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Pode acontecer irmos a um lugar pela primeira vez e parece que reconhecemos certas cenas, mas as pessoas com quem mantivemos vínculos já se foram. Noutras ocasiões encontramos pessoas que sentimos ter conhecido antes. Por outro lado, também podemos reconhecer, pelas nossas inclinações, se fomos homem ou mulher na última vida passada, Muitas mulheres têm tendências masculinas e muitos homens querem ser mulheres. Aliás, tanto os homens como as mulheres carregam as duas características, quer masculina quer feminina, mais ou menos desenvolvidas, sendo que desenvolvem naturalmente uma maior inclinação pela parte a que pertencem agora.
Tanto o homem como a mulher são igualmente importantes. A razão e o sentimento estão presentes em ambos. Mas, no homem predomina a razão e, na mulher, o sentimento. É mais fácil influenciar o homem apelando à razão em vez dos sentimentos. A mulher responde mais prontamente se apelarmos para as emoções. Todavia, pela comunhão com Deus, podemos harmonizar ou equilibrar as duas qualidades no nosso íntimo. Alcançar o divino equilíbrio entre a razão e o sentimento deve ser o objectivo tanto do homem como da mulher. O homem tem, em geral, de cultivar mais sentimento, e a mulher, mais lógica.

A reencarnação no Gītā e na Bíblia

A reencarnação, exposta por Krishna, com tanta beleza na Bhagavad Gītā (§), é uma das doutrinas espirituais mais úteis e inspiradoras, porque sem ela não podemos compreender a justiça de Deus. Porque razão uma criança nasceria defeituosa? Porque Deus enviaria a uma família duas crianças fortes e sadias, e outra deficiente? Se somos todos feito à imagem de Deus, onde está a justiça nesse caso? Só a reencarnação pode explicar isso. Por exemplo, uma criança deficiente motora é uma alma que, nalguma vida passada, transgrediu as leis de Deus e, em consequência disso, perdeu o uso das pernas. Como é a mente que modela o corpo, e essa alma perdeu a consciência de possuir pernas sãs, não foi capaz de criar um par de membros perfeitos quando regressou a esta vida. E, por esse motivo, precisamos voltar repetidas vezes, até reconquistarmos a nossa perfeição perdida. Quem se tornar perfeito não precisará mais voltar à Terra.

Quem superou o desejo está unido a Deus. Jesus fez essa referência quando disse: “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dali não mais sairá” (Apocalipse 3:12). Também em (João 3:3): Jesus respondeu aos seus discípulos: “Em verdade, em verdade vos digo, que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. A Gītā, promete, igualmente: “Ó Arjuna! Esse é o estado do ‘estabelecido em Brahma”. “Quem entra nele jamais se ilude, novamente. Mesmo no exacto momento da transição, do físico para o astral, se alguém aí ancora, alcança o estado final, irrevogável, de comunhão com o Espírito”. Noutra citação da Bhagavad Gītā (3.000 a.C), lemos: “Da mesma forma que nos desfazemos de uma roupa usada para pegar noutra nova, assim a alma se descarta de um corpo usado para se revestir de novos corpos”.

Assim que vencermos, em definitivo, os desejos físicos, não sairemos mais de Deus. O desejo traz-nos de volta a esta terra. Temos sido filhos pródigos e, a não ser que renunciemos aos desejos, não poderemos retornar para Deus. Se, de repente, tivermos de deixar este mundo ainda com desejos no coração, precisaremos voltar aqui outra vez até extingui-los. É preciso recuperar a nossa própria perfeição antes de podermos regressar a Deus. Quando vem a tempestade, as ondas se agitam sobre o oceano, mas assim que o oceano se acalma, as ondas desfazem-se no mar. O mesmo acontece connosco. Assim que terminar a tempestade de desejos materiais, poderemos nos dissolver novamente no oceano de Deus.

Jesus nunca falou directamente sobre a ideia da reencarnação, ainda que ela fosse ensinada pelos Essénios, uma seita proeminente daqueles dias.
  (... continua) 


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