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pág. 5 de 8
O Renascimento Oriental

de Douglas T. Mcgetchin

em 27 Nov 2014

  (...anterior) ’ Os indologistas traçaram paralelos entre a Índia ancestral e o Romantismo alemão para ajustarem a Índia antiga como tendo um passado uno Indo-Germânico. O Professor Albrecht Weber defendeu que ‘a mente Indo-Germânica ‘ tornou, tanto os indianos, como os alemães Românticos ‘particularmente susceptíveis às influências da Natureza’. Outro indologista, Leopold von Schröder, argumentou: ‘Os indianos compreendiam os Românticos – eles eram igualmente o povo do Romantismo na antiguidade!’
Enquanto o estudo da Índia antiga nos estados alemães teve sentido para o nacionalismo alemão, os sanscritólogos também partilharam um firme compromisso de cooperação internacional, ou pelo menos pan-europeu. Os académicos alemães sentiam-se em dívida para com os colegas ingleses na Companhia da Índia Ocidental, de onde provieram trabalhos tais como Shakuntala, e continuaram a elogiar os pioneiros ingleses, nomeadamente, o oficial da Companhia da India Ocidental, Henry Thomas Colebrook (1765-1837). Esta atitude para com os ingleses não é particularmente surpreendente, considerando a regra colonial que os ingleses tinham na Índia, uma pesquisa crucial de manuscritos. A.W. von Schlegel opinou favoravelmente sobre o Império Britânico na Ásia:’ Recentemente, os ingleses fizeram muito pelos estudos naturais, nacionais e antropológicos na Ásia, bem como pela história moderna- este é o lado brilhante de seus feitos científicos.’

O interesse pela sabedoria popular da Índia antiga espalhou-se na sociedade culta alemã e os tópicos indianos tornaram-se assuntos de conversação. Max Müller escreveu sobre o compositor Felix Mendelssohn: ‘ Ele manifestou o mais vivo interesse no meu trabalho sobre a edição do Rig Veda, os Hinos Sagrados do Brahmans. Um seu grande amigo, Friedrich Rosen, começou o mesmo trabalho… Assim, Mendelssohn ficou a saber tudo sobre os Hinos Sagrados e falava eloquentemente sobre os Vedas.’ A Duquesa de Anhalt-Dessau disse a Müller, antes de ele ir para Berlim, que ‘também ela tinha aprendido um pouco de Sânscrito, que ela e o jovem Príncipe da Coroa da Prússia tinham aprendido o alfabeto sânscrito, e que tinham tido sucesso nisso, para grande aborrecimento de todos quantos se dispunham a ler todas as letras e que não eram capazes de o fazer. ’Nas suas memórias, Müller escreveu sobre a familiaridade do rei da Prússia, Frederick William IV, com os Vedas: ‘Apresentei-lhe o meu volume do Rig Veda, numa audiência privada. Ele sabia tudo sobre a obra, e tinha tanto para me contar sobre o livro mais antigo da humanidade, que eu mal tive oportunidade de falar o que quer que fosse.’

O compositor Richard Wagner e os Teosofistas usaram os textos antigos indianos e seus conceitos. Wagner utilizou escritos indologistas sobre Budismo, a fim de planear uma peça chamada Die Sieger. Embora nunca a tivesse acabado, as notas de Wagner demonstram o quanto as ideias do Budismo contribuíram para a sua ópera Parsifal. Os conceitos indianos da reencarnação e da compaixão por todas as criaturas sencientes e sofredoras ajudou a reforçar o amor pelos animais e pelo anti vivisseccionismo, que Wagner defendia. Por volta de 1905, o Professor de Sânscrito Leopold Schröder escreveu: ‘Nietzsche e Buda são, provavelmente, os nomes mais populares da actualidade.’ Na Alemanha de seu tempo, o Budismo teve um impacto muito forte, devido às traduções dos escritos budistas e ao uso destes temas na ficção, inclusive em obras de Philipp Mainländer, Ferdinand von Hornstein, e Karl Gjellerup. Em Berlim, em 1903, o físico Paul Dahlke iniciou os seus escritos em Budismo, e a sua casa continua a ser ainda hoje um centro espiritual para a cultura asiática. Outros se sentiram levados aos escritos indianos, incluindo Walter Markgraf, que se tornou editor em Breslau.
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