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A Espiritualidade na Gestão

de Swami Nikhileswarananda

em 02 Fev 2015

  (...anterior) Num dos livros, o autor afirma que o trabalho exclusivamente para proveito, é como jogar ténis com os olhos postos no painel dos pontos, em vez de postos na bola.

Há outro livro- Deus é o meu CEO- por Larry Julian, que é muito popular. O que é que Buddha (§) faz no trabalho é um livro de Franz Metcalf e B.J.Gallagher. Gallagher também escreveu outro livro sobre a relação entre espiritualidade e gestão, e hoje há imensos livros sobre este tópico.
Existe, na América, uma instituição baseada na gestão que treina os CEO em todo o mundo. Organizou um seminário há pouco onde os CEO tinham de ver o filme Gandhi (§) de Richard Attenbourgh. Encontraram quarenta qualidades que fazem um líder e que tornaram Gandhi em Mahatma (Grande Alma).

O World Economic Forum em Davos dedicou imenso tempo a explorar o tema –‘A Espiritualidade nos Negócios’. Como é evidente, agora existem muitas empresas a adoptar os conceitos de espiritualidade na gestão e estão a tirar benefícios daí. Mas põe-se a questão: porquê esta mudança de paradigma? Obviamente há muitas razões. Uma é a globalização - ela chegou, quer se goste, ou não. Pelo menos chegou na frente económica e, agora, o globo transformou-se numa aldeia. Os avanços na tecnologia da comunicação anularam as distâncias geográficas entre as nações. Por consequência, pode-se dizer que a velocidade de mudança nas tecnologias da comunicação foi a primeira razão para esta mudança de paradigma.

A segunda razão é a liberalização. Isto mudou a abordagem das nações para com a economia e para com outros factores relacionados. Consequentemente, deu-se a interdependência entre nações e com ela, a competição. A produtividade é, agora, uma necessidade, coisa que, antes, era apenas uma opção. Actualmente, se não houver produtividade, será retirado do mercado. Poderá entender-se tal pela fusão a que se chegou. A Bhagavad-Gītā afirma ‘yoga karmasu kaushalam’- ‘Yoga é destreza na acção, eficiência em acção’. Esta é uma lição essencial assumida pela maioria das empresas.

De novo, o conceito de ’liderança do empregado’ está-se a popularizar. Robert Greenleaf lançou este conceito em 1970. Para a América, este é um conceito novo, e é muito popular actualmente, mas na Índia não é um conceito novo, porque há 3000 anos Sri Krishna demonstrou a sua liderança de servo. O que significa liderança do empregado/servo? Liderar pelo exemplo – actuar com a atitude de que «eu sou o servo de todos». Swāmi Vivekānanda (§) também o disse há muito tempo que, se se quer, de verdade, ser um verdadeiro líder, deve-se estar preparado para servir os outros. É o serviço desinteressado que fará um verdadeiro impacto nas pessoas com quem se trabalha. Swāmi Vivekānanda era ele próprio o verdadeiro exemplo desta atitude. Costumava citar o Guru Govind Singh e dizia: «Shirdaar to Shirdaar»,que significa – aquele que sacrificar a sua cabeça, o seu ego, o seu egoísmo, e ser humilde, só ele poderá liderar pelo exemplo, e tornar-se um verdadeiro chefe a longo prazo. Antes pensava-se que um bom chefe era aquele que conseguia impressionar os outros, pela sua exteriorização, ou por exercer poder proveniente da sua posição. Esses dias já lá vão. E porque é que a liderança do servo é importante? Peter Drucker explica no seu livro – estamos na idade dos trabalhadores com conhecimento. Não se podem controlar do mesmo modo que se costumava fazer com os trabalhadores de quarto nível. Antes, os trabalhadores de colarinho azul eram noventa por cento e o resto eram os de colarinho branco. Agora, com o advento da automatização em alguns países, o contrário é que é verdadeiro. Só dez por cento dos trabalhos são feitos pelos trabalhadores de colarinho azul. Assim Peter Drucker afirma: de agora em diante, os gestores e os executivos serão cada vez mais eficientes se não exercerem autoridade sobre os seus subordinados.

Isto é o que está a acontecer, de verdade. É por isso que se torna necessário chefiar através do exemplo do empregado e porque a liderança do empregado se está a popularizar tanto.
  (... continua) 
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