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Mosteiro Budista
pág. 3 de 6
Efemérides do Oriente e do Ocidente

de Pedro Teixeira da Mota

em 07 Jun 2017

  (...anterior) «Le bien me plait», entre ramos de roseiras, foi a sua divisa na vida e com efeito sofreu os espinhos da rosa da glória guerreira, mas destilando-se em fragrância alquímica de virtude imortal. Para alguns portugueses ele é o Ser central e duplo dos Painéis de Nuno Gonçalves.

O P. Mateus Ricci (§) em 1583, aproveitando-se dos almanaques astronómicos portugueses que anunciam um eclipse (§) lunar, consegue determinar a longitude aproximada de Macau: 125° a oriente do meridiano das Canárias, com erro apenas de 5°. Começava assim a reduzir-se a figura geográfica da China aos seus contornos reais, e durante 18 anos o P. Ricci será infatigável e certeiro nas observações das latitudes e longitudes em que estava compreendida a China.

6. D. Manuel escreve uma carta em 1513 ao papa Leão X, um Medici (§) de Florença e protector dos humanistas, anunciando-lhe os feitos dos portugueses no Oriente, especialmente a tomada de Malaca por Albuquerque. A reacção do papa é entusiástica, e manda celebrar missas de acção de graças e preces públicas a favor dos Portugueses no Oriente. Traduzida para latim e impressa em Roma em Agosto, a carta espalha-se por toda a Europa culta em inúmeras reedições.

O vice-rei da Índia D. João de Castro, cientista, humanista e íntegro governador, morre em 1548, com 48 anos de estudos e de lutas. Antes de morrer, chamou os cidadãos mais importantes de Goa para lhes comunicar: «Não terei, Senhores, pejo de vos dizer, que ao Vice-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente, a vós mesmos quis empenhar os ossos do meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias, nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro, com que se me comprasse uma galinha; porque nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador, que os soldos de seu Rei; e não é de espantar, que esteja pobre um Pai de tantos filhos. Peço-vos, que enquanto durar esta doença, me ordeneis da fazenda Real uma honesta despesa, e pessoa por vós determinada, que com modesta taxa me alimente». E jurou sobre o missal «que em nada se havia aproveitado da fazenda do rei nem de qualquer outra pessoa, que nenhum contrato havia tido para multiplicar a sua». E ditou-lhes uma carta ao rei, em que lhe lembra os grandes serviços feitos por Manuel de Sousa Sepúldeva, Francisco da Cunha, D. Francisco de Lima, Vasco da Cunha, D. Diogo de Almeida Freire e outros. Acompanhado por S. Francisco Xavier e dois franciscanos liberta-se como espírito do despojo corporal.

Reincarna em 1935, e prova (na escolha acertada dos objectos que lhe teriam pertencido na vida anterior) poder ser o 14º e actual Dalai-Lama do Tibete, Tenzin Gyatsu, a fina alma que terá contudo de exilar-se para a Índia desde 1950. Dirá: «Nós, os budistas, acreditamos que todos os seres passam por nascimentos sucessivos e esforçam-se, no decorrer desta série de vidas, por chegar à perfeição búdica [o estado realizado por Gautama, o Buddha (§)])».

O excepcional professor de filosofia e mestre Gurudeva Ranade ou de seu nome completo Ramachandra Dattatreya Ranade, desincarna neste dia em 1957 em Nimbal, Maharashtra, na Índia, com 71 anos. Mestre reconhecido por centenas de discipulos, ao mesmo tempo que era professor universitário, desenvolveu a linha tradicional do Bhakti yoga (§), na qual bhava ou sentimento e aspiração por Deus são fundamentais, a par de uma meditação que une o nosso espírito com o espírito Divino. Afirmou: «Não há outro caminho para a libertação a não ser a pronúncia do Nome Divino transmitida pelo mestre e a visão consequente de Deus». Como actividades meritórias apontou: «a seguir à meditação estão as profissões de saúde que diminuem o sofrimento dos outros e a seguir a isto está distribuição de comida aos pobres». Mas advertirá que sem realização divina, a consciência da presença luminosa do Espírito em nós, as obras virtuosas de pouco valem...

7. O rei D.
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